O fim do embargo da China à carne bovina brasileira pode resultar num aumento entre 5% e 30% no preço do produto para o consumidor nacional. Caso se consolide a demanda do país mais populoso do mundo ? com 1,3 bilhão de habitantes ?, há possibilidade de uma redução da oferta nos supermercados brasileiros.
? É possível que tenha algum reajuste, que pode ficar na casa dos 5% ou 6%, mas não chegará a 10% ? disse Aylton Fornari, presidente da Associação dos Supermercados do Rio de Janeiro.
Fontes ligadas ao mercado, porém, estimam um aumento maior, que poderá chegar a 30%, caso os chineses comprem muita carne brasileira. As transações poderão ser feitas num prazo de 30 dias, após quase dois anos de embargo.
Há, no entanto, quem não acredite em reajuste, como o Ministério da Agricultura. José de Sousa, presidente da Bolsa de Gêneros Alimentícios (BGA), também aposta que os preços não mudarão com a entrada da China na lista de compradores da carne nacional.
? Os chineses consomem mais carne suína do que bovina. Não vai haver esse problema ? afirmou Sousa.
A China havia parado de comprar a carne bovina brasileira por causa de caso atípico de doença da vaca louca no Paraná.