Às 11h desta quarta-feira (30), o “Impostômetro” da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) marcou um número inédito. Pela primeira vez em um ano os brasileiros já paragem R$ 2 trilhões em impostos.
O valor equivale ao montante pago em impostos, taxas e contribuições no país desde o dia 1º de janeiro de 2015. O dinheiro é destinado à União, aos estados e aos municípios.
“Se fossem melhor aplicados, R$ 2 trilhões em tributos pagos pelas empresas e cidadãos seriam mais do que suficientes para atender às necessidades de todos os brasileiros”, disse o presidente da ACSP, Alencar Burti.
“É imprescindível uma reforma tributária no Brasil, que só poderá ser feita se houver solução satisfatória para a crise política, na urgência que o País requer”, continuou Burti.
No dia 29 de dezembro de 2014, o Impostômetro alcançou a marca de R$ 1,8 trilhão. Em 2013 o valor ficou em torno de R$ 1,7 trilhão.
Estudo
O Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), em levantamento encomendado pela ACSP, revelou que com o país fechando o ano de 2015 com arrecadação nominal superior a R$ 2 trilhões, há um crescimento nominal de 2,8% sobre 2014, quando foi arrecadado R$ 1,95 trilhão.
65,95% dessa quantia equivalem a tributos federais. Os tributos estaduais equivalem a 28,47% e os municipais a 5,58%. A maior arrecadação é o ICMS (19,96% do total), seguido do INSS (19,18%), Imposto de Renda (15,62%) e Cofins (10,13%).
O estudo afirma que com os R$ 2 trilhões é possível construir mais de 90 milhões de casas populares de 40 m², fornecer medicamentos para toda a população durante 800 meses, construir 20 milhões de km de redes de esgoto, 7 milhões de postos de saúde equipados, contratar mais de 160 milhões de professores do ensino fundamental por ano, comprar mais de 9 trilhões de cestas básicas ou 16 trilhões de Bolsas Famílias.