Brasil tem novo recorde nas vendas de carros e registra o melhor fevereiro da história

Setor de motos busca recuperação, mas fecha mês com 120.832 unidades

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A indústria brasileira de veículos continua a se beneficiar da redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) e da disponibilidade de crédito e bate novo recorde em fevereiro.

De acordo com dados divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), nesta quarta-feira (3), no mês foram vendidas 211.371 unidades de automóveis e comerciais leves, crescimento de 4,77% sobre janeiro e de 10,45% sobre igual período do ano passado.

"O resultado é superior ao de fevereiro de 2008, quando não havia crise e a economia estava em expansão. Este [fevereiro de 2010] é um crescimento vigoroso", afirma o presidente da Fenabrave, Sergio Reze. Segundo ele, a tendência do mercado é de crescimento. Ao somar as vendas de caminhões e ônibus, o volume sobe para 220.951 unidades, crescimento de 3,58% em relação ao mês anterior.

Se considerar ainda as vendas de motocicletas, a quantidade de unidades emplacadas chega a 341.783. O segmento de motocicletas continua em situação delicada. Embora o governo tenha estimulado o setor com a redução da cobrança de Cofins e com o lançamento de um nova linha de créditos, ainda é cedo para falar em recuperação.

Em fevereiro, foram comercializadas 120.832 unidades, número 0,57% inferior ao registrado em janeiro. Em relação ao mesmo mês do ano passado, há crescimento de 13,2%. "Existe demanda, o problema é a capacidade cadastral do comprador, que faz com que os bancos sejam mais restritivos", diz Sergio Reze. De acordo com o representante das concessionárias, em algum momento tal restrição vai diminuir por causa do crescimento econômico

desempenho positivo do setor é marcado pela chegada de modelos 2010 às concessionárias, volta das férias e fim das despesas de início de ano, que dificultaram as vendas em janeiro. O fato de se tratar de um mês com apenas 18 dias úteis, mostra que a média diária de vendas também foi superior. Em janeiro, foram 20 dias úteis. O governo prometeu encerrar ao final de março o desconto no Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre veículos bicombustíveis e movidos a álcool.

O incentivo fiscal foi adotado inicialmente em dezembro de 2008 para todos os veículos, para estancar a crise financeira internacional, que derrubou as vendas do setor. De acordo com a Fenabrave, as vendas de veículos (automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus) somam no acumulado de janeiro a fevereiro 396.789 unidades emplacadas. No segmento de motocicletas, o acumulado soma 230.806. Ambos os segmentos somam alta de 9,45% e 5,01%, respectivamente.

Para Sergio Reze, o volume de vendas em março será alto não somente por causa do fim do IPI, mas também porque tradicionalmente o mês de março tem aumento de vendas. Ônibus e caminhões As vendas de caminhões no mês somaram 7.905 unidades, queda de 18,6% em relação a janeiro, quando foram emplacadas 9.711 unidades. No entanto, na comparação com fevereiro de 2009, o volume representa crescimento de 23,57%, já que na época foram vendidas 6.397 unidades

"No segmento de caminhões também há demanda, mas a retração de recursos do Finame (linha de crédito do governo para caminhoneiros) dificultou a aprovação de financiamentos. Vendas que estavam aprovadas inclusive deixaram de ser quitadas", ressalta Reze. O presidente da Fenabrave afirma que o quadro irá melhorar nos próximos meses até porque o BNDES aplicará mais R$ 40 bilhões em crédito para o setor de transporte.

"O segmento deve entrar na normalidade rapidamente", observa Reze. O segmento de ônibus também teve queda em fevereiro. A redução é de 9,85% - de 1.858 unidades comercializadas em janeiro para 1.675 em fevereiro. Na comparação com fevereiro do ano passado, há aumento de 5,28% nas vendas - no período, haviam sido emplacadas 1.591 unidades. De acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, as vendas devem aumentar para 310 mil unidades em março.

esteve presente na terça-feira (2) em reunião da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Ranking de vendas Em fevereiro, a Fiat continua na liderança do segmento automóveis com 23,26% de participação no mercado brasileiro. A Volkswagen retoma a segunda colocação da GM e passa a ter 22,3% de fatia no mercado.

Em terceiro está a General Motors (20,7%), seguida da Ford (11,04%), Renault (5,35%), Honda (4,45%), Peugeot (3,33%), Citroën (2,8%), Toyota (2,24%), Hyundai (1,72%). No segmento de comerciais leves, a Fiat também manteve a liderança com 22,17% de fatia no mercado nacional. A segunda colocada é a General Motors com 17,23% de market share, seguida da Volkswagen (12,93%), Ford (11,21%), Hyundai (10,08%), Mitsubishi (7,03%), Toyota (5,85%), Kia Motors (3,27%), Honda (1,46%) e Nissan (1,07

somar os dois segmentos, a Fiat fica na liderança com 23,04% do mercado nacional. Em seguida está a VW, com 20,43%, GM (20,02%), Ford (11,07%), Renault (4,41%), Honda (3,85%), Hyundai (3,39%), Toyota (2,96%), Peugeot (2,85%) e Citroën (2,30%). Apesar dos resultados, no acumulado de janeiro a fevereiro a GM se mantém na segunda colocação na venda de automóveis e comerciais leves, com 20,92% do mercado. A líder é a Fiat, com 22,73%, e o terceiro lugar fica com a VW, com 19,91%.

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