O Brasil gerou 298.041 novos postos de trabalho com carteira assinada no mês passado. Apesar de representar uma queda de 7.027 vagas em relação a abril, o resultado é recorde para os meses de maio.
Os dados foram divulgados pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, com base no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). O resultado já era esperado pelo ministro, que no mês passado havia adiantado ao R7 que o Brasil poderia ter uma queda nas vagas formais. - Houve uma evolução recorde no início do ano, o que já mostrava que teríamos uma redução no nível de empregos.
Ainda assim, o resultado surpreendeu até mesmo a mim, que sou o mais otimista de todos. No mês, foram contratados 1,69 milhão de trabalhadores e demitidos 1,39 milhão. No acumulado do ano, foram gerados 1,26 milhão de novos empregos. Em razão dos consecutivos recordes mensais de criação de empregos, no mês passado o ministro do Trabalho revisou a previsão de geração de vagas em 2010, de 2 milhões para 2,5 milhões.
- Chegaremos ao final do ano com mais de 15 milhões de empregos criados em todo o governo Lula. Isso é mais de 50% do total de estoque dos empregos existentes. Setores O destaque do mês ficou, mais uma vez, com o setor de serviços, responsável pela criação de 86.104 vagas. Os setores agrícola e industrial ficaram praticamente empatados na segunda posição, com a geração de 62 mil empregos cada.
- Tivemos crescimento em todos os 25 setores analisados, mas o setor de serviços de comércio apresentou um resultado acima do esperado. Isso significa que as pessoas não deixaram de consumir. E consumo significa mais emprego. Regiões Os Estados recordistas em criação de empregos foram, Minas Gerais (com mais de 60,8 mil novos postos), Rio de Janeiro (22,5 mil) e Bahia (16,3 mil).
São Paulo teve o segundo maior saldo para um mês de maio em toda a história, com mais de 98,6 mil novos empregos. No extremo oposto, os dois únicos Estados que tiveram uma redução de vagas foram Amapá, devido a uma queda no comércio, e Roraima, que registrou desempenho negativo na construção civil. - Não há uma bolha de crescimento no Brasil.
Os críticos têm de parar de achar que geração de emprego significa inflação. O que cria inflação é falta de produção, e os números do Caged mostram que o Brasil não é só indústria.