Brasil e Venezuela voltam a cogitar refinaria

Petrobras descartou contrapartida de investimento na Venezuela

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. A Petrobras retomou as negociações com a Venezuela para uma parceria na refinaria Abreu Lima, em Pernambuco, mas um acordo final só deverá acontecer em setembro, quando está previsto o encontro entre os presidentes dos dois países, informou a Petrobras nesta terça-feira (28).

As conversas foram reiniciadas pelo presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, que esteve no país vizinho na segunda-feira (27) em encontro com o presidente daquele país, Hugo Chávez, e executivos da estatal PDVSA. No final de maio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria dito em tom de brincadeira em conversa que vazou para a imprensa que seria presidente da Petrobras se a sua candidata à presidência, Dilma Rousseff, vencesse o pleito, para poder fechar o acordo que se arrasta desde a sua posse, em 2003.

A refinaria terá capacidade para processar 230 mil barris de petróleo pesado por dia, dos quais 50% serão de origem brasileira e 50% de origem venezuelana, como parte do processo de integração energética da América do Sul. No início do projeto a Petrobras teria como contrapartida investir em exploração de petróleo e gás na Venezuela, o que foi arquivado pela estatal brasileira.

Proporção

A previsão era de que a Petrobras teria 60% da refinaria e a PDVSA, 40%. Na Venezuela, a proporção seria invertida. O valor da obra era estimado inicialmente em US$ 4,5 bilhões, o que deverá ser revisto, segundo a assessoria da Petrobras. A obra é um dos alvos da CPI da Petrobras por indício de sobrepreço apontado pelo Tribunal de Contas da União. O empreendimento vem sendo construído pela Petrobras sozinha, que informou já ter feito 15% da obra. A previsão é de que seja concluído em 2011.

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