Brasil crescerá a ritmo acima de 4,5% no 1º semestre de 2013

Continuidade da geração de emprego e renda sustentará crescimento

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O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse que o Brasil vai crescer a um ritmo de 4% no quarto trimestre de 2012 e acima de 4,5% no primeiro semestre de 2013.

"De acordo com estimativas do próprio mercado, uma visão com a qual eu compartilho, no quarto trimestre de 2012, o Brasil estará crescendo a um ritmo de 4% na comparação com igual período de 2011. E crescerá acima de 4,5% no primeiro semestre de 2013, na mesma base de comparação", disse o presidente do BC.

As avaliações do presidente do Banco Central foram feitas nesta terça-feira (19), durante discurso na comemoração de 15 anos da revista IstoÉ Dinheiro, em São Paulo.

Segundo Tombini, os elementos que darão sustentação à essa melhoria do ritmo de crescimento do país serão a continuidade da geração de emprego e renda, além de impulsos já introduzidos na economia. Para o presidente do BC, os efeitos dessas medidas ainda não se manifestaram plenamente.

Tombini também afirmou haver um processo de "contínua expansão moderada do crédito" e "espaço para ampliação do consumo".

"É exatamente o consumo que dará propagação ao crescimento, incentivando a realização de novos investimentos privados, os quais darão suporte ao crescimento sustentável nos próximos anos", sustentou o presidente do BC.

Ele disse que a inflação seguirá em declínio e em direção à meta de 4,5% e ressaltou o processo de desinflação que vem ocorrendo desde o segundo semestre do ano passado.

"Nesse sentido, as expectativas de inflação implícitas apontam inflação entre 4,20% e 4,30% em 2012 e no caso do boletim Focus [pesquisa do BC junto aos analistas de mercado] também tem-se observado deslocamento na mesma direção."

Crise internacional

Ao se referir à economia internacional, Tombini reforçou a visão da autoridade monetária de um cenário de longo prazo com crescimento baixo nos principais blocos. "Isso representa para o Brasil um impacto de neutro para desinflacionário", disse.

Tombini também lembrou que o Brasil convive com um patamar de juros menor do que o praticado há alguns anos. "Aos poucos, começamos a observar uma mudança na estrutura de curvas de juros de médio e longo prazos", comentou.

O outro lado dessa mudança, observou o presidente do BC, é que "esse novo ambiente exigirá atenção redobrada dos participantes do mercado na assunção e gerenciamento de riscos."

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