Bradesco lucra R$ 2,8 bi no 2º tri, mas inadimplência também cresce

No período de abril a junho, a alta ficou em 1,4% em relação ao mesmo período do ano passado

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O lucro do Bradesco cresceu 2,53% no primeiro semestre e chegou a R$ 5,63 bilhões apesar de uma desaceleração no segundo trimestre.

No período de abril a junho, a alta ficou em 1,4% em relação ao mesmo período do ano passado, em R$ 2,83 bilhões. Nos três primeiros meses do ano, o banco havia apresentado um avanço de 3,4% na mesma comparação.

No resultado com ajuste, que exclui os efeitos extraordinários, o lucro foi de R$ 2,867 no trimestre, abaixo das previsões do mercado. A expectativa média de 11 analistas ouvidos pela Reuters indicava resultado positivo de R$ 2,92 bilhões no período.

A carteira de crédito do banco cresceu 14,1% no trimestre, nível levemente inferior ao registrado nos três primeiros meses do ano.

As operações de crédito totalizaram R$ 365 bilhões, puxadas principalmente pelo segmento de micro e pequenas empresas, que avançou 17,3%. A concessão para pessoas físicas cresceu 9,1% no trimestre.

A inadimplência voltou a subir no trimestre apesar da maior seletividade na aprovação das propostas. O total de dívidas com atrasos superiores a 90 dias chegou a 4,2%, avanço de 0,1 ponto percentual em relação ao trimestre anterior.

O banco destaca a estabilidade na inadimplência para pessoas físicas (6,2%) e no segmento de micro e pequenas empresas (4,2%).

Diante dos índices mais elevados nos atrasos, o banco ampliou em 35,5% as provisões para devedores duvidosos no semestre. O saldo reservado para cobrir perdas com calotes já chega a R$ 20,7 bilhões, o maior nível desde ao menos 2007.

O Bradesco abriu nesta segunda-feira a temporada de balanços dos bancos para o segundo trimestre. Além do alto nível de inadimplência, que pressionou os resultados das instituições financeiras no primeiro trimestre, os dados de junho refletem um cenário de maior competição no setor.

Os bancos públicos deram início em maio a um processo de redução de juros em diversas linhas como forma de pressionar os privados a fazer o mesmo. A medida seria uma forma de incentivar a tomada de crédito e garantir maior crescimento da economia.

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