Bovespa retrai 8,29%, em queda histórica; dólar bate R$ 2,13

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Os problemas da maior economia do planeta, os EUA, determinam um dia de quedas hist?ricas nas principais Bolsas do mundo e arrastam o mercado brasileiro. As turbul?ncias dos ?ltimos dias, que se acentuam hoje, j? est?o perto de zerar todo o ganho das a?es deste ano no Brasil, que est?o em 10,8%.

O Ibovespa, principal indicador da Bovespa (Bolsa de Valores de S?o Paulo), enfrenta perdas de 8,29%, aos 45.200 pontos. Considerado um term?metro dos neg?cios, o indicador recua para seu menor n?vel desde 28 de mar?o, o que j? aponta para uma derrocada ainda pior que a causada pelas turbul?ncias de fevereiro, provocada pelo chamado "efeito China". O volume financeiro ? bastante alto, com giro de R$ 4,70 bilh?es.

O d?lar comercial ? negociado a R$ 2,130 para venda, com avan?o de 4,92%. Trata-se do pre?o mais alto para a moeda americana desde 5 de mar?o. A taxa de risco-pa?s, medida pelo indicador Embi+ (JP Morgan), marca 230 pontos, um salto de 12,7%, o maior desde 27 de junho de 2006.

A m? not?cia da vez ? protagonizada pela empresa americana Countrywide Financial, maior financiadora imobili?ria dos EUA, que foi obrigada a tomar US$ 11,5 bilh?es para se prevenir contra uma poss?vel falta de cr?dito na pra?a. Ontem, o banco de investimentos Merrill Lynch j? havia rebaixado sua recomenda??o para as a?es da empresa.

Entre outras not?cias, o Departamento do Com?rcio dos EUA informou que a constru??o de casas teve queda de 6,1% em julho, caindo para uma taxa anualizada de 1,38 milh?o de unidades uma redu??o de 20,9% em rela??o ao mesmo m?s de 2006 e a mais baixa taxa desde janeiro de 1997.

Nos EUA, as Bolsas tamb?m t?m queda expressiva. ?s 14h02 (em Bras?lia), a Bolsa de Valores de Nova York estava em queda de 2,46%, operando com 12.545,09 pontos no ?ndice Dow Jones Industrial Average (DJIA), enquanto o S&P 500 ca?a 2,33%, para 1.373,94 pontos. A Bolsa Nasdaq tinha queda de 2,71%, indo para 2.392,14 pontos.

Entenda a crise

Os mercados ao redor do mundo est?o preocupados com o setor imobili?rio nos Estados Unidos. O medo principal ? sobre a oferta de cr?dito dispon?vel no sistema financeiro, j? que, h? algumas semanas, foi detectada uma alta inadimpl?ncia do segmento chamado "subprime" (de segunda linha) engloba pessoas com hist?rico de inadimpl?ncia e que, por conseq??ncia, podem oferecer menos garantia de pagamento.

Como esses empr?stimos "subprime" embutem maior risco de cr?dito, eles t?m juros maiores, o que os torna mais atrativos para gestores de fundos em busca de retornos melhores. Estes gestores, assim, ao comprar tais t?tulos das institui?es que fizeram o primeiro empr?stimo, permitem que um novo montante de dinheiro seja novamente emprestado, antes mesmo do primeiro empr?stimo ser pago.

Tamb?m interessado em lucrar, um segundo gestor pode comprar o t?tulo adquirido pelo primeiro, e assim por diante, gerando uma cadeia de venda de t?tulos.

Por?m, se a ponta (o tomador) n?o consegue pagar sua d?vida inicial, ele d? in?cio a um ciclo de n?o-recebimento por parte dos compradores dos t?tulos. O resultado: todo o mercado passa a ter medo de emprestar e comprar os "subprime", o que termina por gerar uma crise de liquidez (retra??o de cr?dito).

No mundo da globaliza??o financeira, cr?ditos gerados nos EUA podem ser convertidos em ativos que v?o render juros para investidores na Europa e outras partes do mundo, por isso o pessimismo influencia os mercados globais.

O estopim para a tens?o mundial foi justamente uma not?cia vinda da Europa, de que o banco franc?s BNP Paribas, um dos principais da regi?o, havia congelado o saque de tr?s de seus fundos de investimentos que tinham recursos aplicados em cr?ditos gerados a partir de opera?es hipotec?rias nos EUA. A institui??o alegou dificuldades em contabilizar as reais perdas desses fundos.

O mercado j? monitorava h? meses os problemas com esses cr?ditos imobili?rios. Quando a inadimpl?ncia dessas opera?es superou as expectativas, empres

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