A Bolsa de Valores de São Paulo encerrou em forte queda nesta quinta-feira (17), com desvalorização de 3,31%, para 54.038 pontos. O pregão foi bastante instável, mas a trajetória de queda prevaleceu. Foi o oitavo pregão seguido de perdas na Bovespa e a menor cotação desde 20 de outubro de 2011, quando encerrou a 54.009.
No ano, a bolsa acumula queda de 4,79%. No mês de maio, a queda já é de 12,6% e na semana, de 9,09%.
Os dados fracos da economia norte-americana e temores com o sistema bancário espanhol, além de desdobramentos da crise grega, mantiveram a aversão ao risco nos mercados.
A apreensão com o sistema bancário espanhol voltou ao foco com a notícia de que correntistas teriam sacado mais de ? 1 bilhão do Bankia, sinalizando a falta de confiança na instituição. O governo negou a informação.
A situação dos bancos gregos, que enfrentam necessidades de financiamento de emergência, continuam azedando o humor dos investidores, que também mostram preocupação com os possíveis impactos de eventual saída da Grécia da zona do euro.
Por fim, dados dos EUA divulgados na manhã desta quinta-feira temperaram o pessimismo do mercado. Uma medida da atividade econômica futura do Conference Board recuou 0,1% em abril, a primeira queda em sete meses, indicando recuperação econômica difícil no país.
Mais cedo, o dado de vendas do varejo brasileiro trouxeram certo ânimo à bolsa local, ajudando o Ibovespa a subir 0,7% na máxima intradia. As vendas avançaram 0,2% em março frente a fevereiro e 12,5% ante igual mês de 2011, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a maior variação anual desde março de 2010.