A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) iniciou o pregão desta sexta-feira (6) operando em alta, mas o bom humor não durou muito. Às 14h48, o Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, caía 0,42%, aos 64.542 pontos.
O "responsável" pelo revés na bolsa foi o dado sobre a taxa de desemprego nos Estados Unidos, que veio pior que o esperado pelos investidores. O país cortou 190 mil vagas em outubro, o que levou a taxa de desemprego a 10,2% - a maior desde abril de 1983. O mercado aguardava um corte de 175 mil vagas.
Na quinta-feira, a bolsa passou o dia com alta discreta, mas reagiu com força na reta final para fechar com ganho de mais de 1%. No fechamento, o Ibovespa teve alta de 1,41%, aos 64.815 pontos.
Repercussão
Segundo Flávio Serrano, economista-sênior do BES, embora as expectativas de taxa de desemprego dos EUA fossem de 9,9%, muitos analistas de mercado já previam que a taxa superaria 10%; assim, a leitura de 10,2% assustou inicialmente, mas foi compensada pela desaceleração do fechamento de vagas medido pelos dados da folha de pagamento.
Assim, embora a eliminação de postos continue, houve uma redução de ritmo do movimento, o que estaria dando algum alento dentro do conjunto de indicadores do mercado de trabalho.
Ainda que Bovespa tenha registrado forte baixa, de mais de 1% após a divulgação dos números, o dólar só inverteu o sinal para valorização por pouco tempo e com variações bem modestas. Na máxima, a divisa atingiu R$ 1,7290 na venda. A inversão não demorou muito e a moeda voltou a cair de forma mais consistente perante do dólar.