A Bolsa de Valores de S?o Paulo (Bovespa) acompanha nesta quinta-feira (9) a tend?ncia de recupera??o dos mercados mundiais com as medidas coordenadas dos BCs mundiais frente ? crise financeira e registra valoriza??o.
Por volta das 10h40, o ?ndice Ibovespa - refer?ncia para o mercado financeiro brasileiro - apontava uma alta de 2,29%, aos 39.748 pontos. No in?cio da sess?o, o indicador chegou a superar os 4,5%.
Acompanhe os indicadores do mercado financeiro
Na v?spera, bancos centrais de v?rios pa?ses anunciaram cortes em suas taxas de juros, em uma tentativa de conter a desacelera??o da economia mundial.
Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed) anunciou o corte dos juros de 2% para 1,5% ao ano. Em Londres, uma reuni?o extraordin?ria do comit? de pol?tica monet?ria do Banco da Inglaterra decidiu pela redu??o da taxa de juros do pa?s em 0,5 ponto percentual, para 4,5%.
O Banco Central Europeu (BCE) tamb?m decidiu reduzir a taxa b?sica de juros da regi?o, de 4,25% para 3,75%. Tamb?m cortaram suas taxas, na a??o coordenada, os BCs da Su?cia, de 4,75% para 4,25%, da Su??a, de 3% para 2,50%, e do Canad?, de 3% para 2,50%.
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D?lar recua em meio ao clima global de al?vio
No Brasil, o Banco Central (BC) anunciou uma s?rie de medidas para manter a liquidez no sistema financeiro. Foram liberados mais R$ 23,2 bilh?es aos bancos por meio da diminui??o das exig?ncias de recolhimento compuls?rio.
Uma das medidas ? a redu??o da al?quota adicional de compuls?rio de 8% para 5% sobre os dep?sitos a prazo e dep?sitos ? vista. Outra ? o aumento do limite de isen??o do recolhimento sobre os dep?sitos a prazo, que j? tinha sido elevado para R$ 300 milh?es duas semanas atr?s e agora sobe para R$ 700 milh?es.
Encontros internacionais
Os investidores tamb?m j? mostram expectativa sobre as grandes reuni?es financeiras internacionais deste fim de semana.
Na sexta-feira, os respons?veis do G7 (Alemanha, Canad?, EUA, Fran?a, Gr?-Bretanha, It?lia e Jap?o) se re?nem para discutir como "refor?ar seus esfor?os coletivos diante da crise", segundo o secret?rio do Tesouro americano, Henry Paulson.
Washington receber? tamb?m a partir de s?bado reuni?es do G20, que re?ne ministros e banqueiros centrais dos principais pa?ses ricos e emergentes, e as reuni?es aut?nomas do FMI e do Banco Mundial.
No entanto, a volatilidade tende a continuar nos pr?ximos dias. "Os mercados continuam c?ticos quanto ? coordena??o internacional para resolver os problemas do sistema financeiro", afirmaram os economistas do Barclays Capital em uma nota a seus clientes, dando a entender que as bolsas mundiais continuar?o operando com nervosismo nos pr?ximos dias.
Panorama global
No mercado internacional, as bolsas refletem o clima de al?vio com as opera?es internacionais para fazer frente ?s turbul?ncias. Por volta das 9h30 de Bras?lia, as principais bolsas registravam alta. Londres subia 0,98%. Em Frankfurt, a alta era de 1,02%. E a bolsa de Paris operava com ganhos de 1,99%. A nota negativa vinha do mercado espanhol, que recuava 1,27%.
J? na ?sia, os indicadores apontaram para lados opostos. O ?ndice Nikkei da Bolsa de T?quio, que ontem fechou com queda hist?rica de 9%, encerrou o preg?o em baixa de 0,50%. Em Hong Kong, o ?ndice Hang Seng teve alta de 3,31%. J? o ?ndice Kospi, da Bolsa de Seul, fechou com ganhos de 0,64%.
A Bolsa de Cingapura tamb?m reagiu, com o ?ndice Straits Times fechando em alta de 1,70% Em Xangai, o Shanghai Composite Index, dos pap?is A e B, tamb?m reagiu, encerrando com leve baixa de 0,84%. Na v?spera, a Bolsa chinesa havia recuado 3,4%.
Montanha-russa
Na quarta-feira, a Bovespa voltou a ter um preg?o de forte volatilidade. Depois de abrir em baixa de 6% e chegar a registrar valoriza??o em alguns momentos do dia, a tend?ncia negativa se consolidou ap?s um discurso do secret?rio do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, que afirmou ainda ser cedo para buscar "sinais encorajadores" no mercado.
Com isso, o Ibovespa teve baixa de 3,85% no dia, encerrando aos 38.593 pontos, aumentando a queda de 2008 para 39,6%. O patamar ? o mais baixo para o Ibovespa desde outubro de 2006. O volume financeiro negociado foi de quase R$ 7,3 bilh?es.