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Bolsas globais despencam após anúncio de tarifaço de Trump

O dólar sofre desvalorização em várias partes do mundo. No Brasil, a moeda americana recua mais de 1%, sendo negociada a R$ 5,60.

Bolsas asiáticas | Foto: Reprodução
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Um dia após a ofensiva comercial de Donald Trump, com a imposição de tarifas elevadas, as principais bolsas de valores globais registram quedas acentuadas nesta quinta-feira (3), com investidores cautelosos diante das possíveis repercussões na inflação e no crescimento das economias.

O dólar sofre desvalorização em várias partes do mundo. No Brasil, a moeda americana recua mais de 1%, sendo negociada a R$ 5,60. O Ibovespa iniciou o dia em queda, mas reverteu a tendência e passou a apresentar alta. 

Na Europa, as quedas foram tão expressivas que o índice Stoxx 600, que reúne ações de diversos países da região, despencou 2,67%, a maior queda desde agosto do ano passado. O FTSE 100, da Bolsa de Londres, caiu 1,55%, enquanto o DAX, de Frankfurt, registrou uma perda de 3,01%. O CAC 40, de Paris, teve uma queda de 3,31%.

O índice Stoxx de bancos, que havia sido destaque no rali das bolsas europeias no início do ano, recuou 4,62%. Já o índice Stoxx do setor de automóveis e fabricantes de autopeças registrou uma queda de 3,82%. 

O Citi alertou que, com uma tarifa de 20%, o impacto negativo sobre o crescimento da União Europeia pode ser muito maior do que o esperado, com uma possível perda de até 1 ponto percentual, devido a "não-linearidades nas elasticidades do comércio", conforme apontado por analistas em relatório. Para o banco, a incerteza tende a aumentar, o que pesará ainda mais sobre o crescimento econômico.

Trump anunciou as novas tarifas recíprocas durante um evento nos jardins da Casa Branca ontem. A partir de sábado, os produtos brasileiros terão uma taxa de 10%, assim como os produtos de diversos outros países. Essa é a menor alíquota dentro do grupo de nações afetadas pela nova política tarifária dos EUA. No entanto, outros países terão taxas mais elevadas, como a China, que enfrentará uma tarifa recíproca de 34%, além dos 20% que já haviam sido aplicados. Os produtos da União Europeia serão taxados em 20%.

Nos Estados Unidos, as bolsas enfrentam grandes perdas. Segundo uma análise da Bloomberg, o S&P 500 já perdeu US$ 1,7 trilhão devido às tarifas, que impactam fortemente empresas americanas, como Apple e Nike, que possuem fábricas em países asiáticos. Por volta das 14h (horário de Brasília), os índices estavam apresentando os seguintes resultados:

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