Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, encerrou 2023 com uma alta acumulada de 22,29%. No último pregão, registrou uma ligeira queda de 0,01%, fechando em 134.185 pontos, destacando-se como o melhor resultado anual desde 2019, quando alcançou uma alta acumulada de 31,58%.
Quanto ao dólar, teve uma leve alta no último pregão, mas encerrou o ano com uma queda de 8,06%. No encerramento das negociações, a moeda norte-americana subiu 0,41%, cotada a R$ 4,8525. Sua máxima histórica, em maio de 2020, foi de R$ 5,9007, refletindo uma queda acumulada de quase 18% desde então.
A influência no Ibovespa em 2023 foi marcada pela troca de governo, com o início do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. O novo governo enfrentou desafios fiscais herdados, inicialmente causando preocupações nos mercados. No entanto, a implementação de um novo arcabouço fiscal trouxe estabilidade e permitiu uma notável recuperação, especialmente no segundo semestre.
O cenário externo também desempenhou um papel significativo, com as incertezas sobre a inflação nos EUA e as decisões do Federal Reserve impactando os mercados globais. A mudança nas sinalizações do Fed em relação às taxas básicas proporcionou um ambiente mais favorável aos investidores, contribuindo para a recuperação dos mercados de renda variável, incluindo o brasileiro.
A projeção para 2024 indica expectativas positivas, com analistas prevendo um possível alcance de 150 mil a 160 mil pontos para o Ibovespa. As medidas anunciadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para equilibrar as contas públicas também estão entre os fatores que influenciam as perspectivas do mercado.