O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) confirmou um financiamento de R$ 2,1 bilhões destinado à Embraer para a exportação de 16 aeronaves modelo E-175 para a Republic Airways, companhia aérea dos Estados Unidos que opera exclusivamente com aviões da fabricante brasileira. Esse montante, viabilizado por meio do programa BNDES Exim Pós-Embarque, cobre uma parte do investimento total e será pago pela Republic em dólares, gerando divisas para o Brasil. As entregas estão previstas para 2025.
O papel da Republic Airways no mercado regional
Com uma frota superior a 200 aeronaves Embraer dos modelos E-170 e E-175, a Republic Airways é uma das maiores operadoras regionais dos Estados Unidos. A empresa, fundada em 1974 e sediada em Indianápolis, atua sob as marcas American Eagle, Delta Connection e United Express, realizando aproximadamente 900 voos diários para mais de 80 cidades nos EUA e no Canadá.
Apoio histórico do BNDES à Embraer
Desde 1997, o BNDES já financiou cerca de US$ 26 bilhões para a exportação de mais de 1.300 aeronaves fabricadas pela Embraer. Esse suporte tem sido fundamental para que a companhia consiga competir em igualdade de condições com outras fabricantes no mercado internacional. De acordo com Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, “O histórico apoio do BNDES à Embraer contribuiu para transformar a empresa em uma das líderes globais da indústria aeroespacial. A Embraer é a principal exportadora de bens de alto valor agregado do Brasil e mantém mais de 87% de seus cerca de 21 mil empregos em território nacional”.
Fomentando a competitividade brasileira
Francisco Gomes Neto, presidente e CEO da Embraer, reforçou a importância desse apoio para manter a competitividade da indústria nacional.
“A atuação do BNDES é essencial para manter a competitividade da indústria brasileira, servindo como ferramenta para impulsionar o país no mercado internacional. Esse apoio estratégico fortalece nossa posição no cenário global, diversificando as alternativas de financiamento e possibilitando à Embraer concorrer no mercado externo em igualdade de condições com nossos concorrentes”, destacou.
Impacto na balança comercial brasileira
Para José Luís Gordon, diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, a operação é estratégica tanto para a indústria quanto para a economia nacional.
“Abrimos 2025 apoiando a Embraer nesta importante transação, reforçando a presença da indústria nacional no mercado externo e fazendo uma valiosa contribuição para a balança comercial brasileira, seguindo o padrão visto no governo do Presidente Lula de aumento de exportações de manufaturados”, afirmou.