Bill Gates destina 99% da fortuna de R$ 617 bi para 'quarto filho' e apenas 1% para herdeiros

“É um desserviço para as crianças ter enormes somas de riqueza. Isso distorce tudo o que eles podem fazer ao criar seu próprio caminho”, justificou Gates

Família Gates | Reprodução
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O cofundador da Microsoft, Bill Gates, que já não figura no conselho da empresa desde março de 2020, focou sua atenção em empreendimentos filantrópicos e projetos sociais após renunciar ao cargo. O magnata, atualmente com 68 anos, ocupa o sétimo lugar entre os bilionários mundiais, com uma fortuna avaliada em US$ 124,5 bilhões (R$ 617 bilhões), segundo a Forbes.

Gates, ao investir parte de sua riqueza em diversas empresas e tornar-se um dos maiores proprietários de terras agrícolas dos Estados Unidos, tem canalizado seus esforços principalmente para a filantropia em tempo integral. Envolve-se em projetos de educação, iniciativas contra as alterações climáticas e promoção da saúde em todo o mundo.

Numa de suas afirmações mais conhecidas, Gates declarou: "O dinheiro não tem utilidade para mim além de um certo ponto. A sua utilidade reside exclusivamente na construção de uma organização e na entrega de recursos aos mais pobres do mundo."

O bilionário, que já não prioriza a Microsoft, destacou-se por sua atuação na Fundação Bill e Melinda Gates, considerada por ele e sua ex-mulher, Melinda French, como seu "quarto filho". A fundação, que busca promover uma vida saudável e produtiva para todas as pessoas, tem metas ambiciosas, incluindo gastos de US$ 9 bilhões por ano até 2026 em áreas de inovação.

Distribuição da herança

Quanto à herança para seus filhos Jennifer (27 anos), Rory (23) e Phoebe (21), Gates, em conjunto com Melinda, anunciou que receberiam cada um "apenas US$ 10 milhões cada" (cerca de R$ 50 milhões, na cotação atual), representando menos de 1% de sua vasta fortuna.

O motivo para a decisão é claro para Gates: "É um desserviço para as crianças ter enormes somas de riqueza. Isso distorce tudo o que eles podem fazer ao criar seu próprio caminho". Sua ex-mulher também aderiu a essa filosofia, doando uma parte significativa de sua fortuna.

A Fundação Bill e Melinda Gates, segundo Mark Suzman, diretor executivo da entidade, tornou-se o herdeiro principal da riqueza do casal, dedicando-se a causas humanitárias e de desenvolvimento. A decisão de destinar a maior parte da herança à fundação também levanta questões sobre os benefícios fiscais dessa abordagem, permitindo que grandes quantidades de riqueza permaneçam fora do alcance do sistema tributário.

Os filhos de Gates, por sua vez, parecem seguir os desejos do pai, buscando educação e construindo suas próprias carreiras. Jennifer, Rory e Phoebe estão comprometidos com áreas como saúde pública, feminismo e ativismo pelos direitos reprodutivos, demonstrando um alinhamento com os valores e prioridades filantrópicas dos pais.

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