BC sobe de 5 para 6% estimativa de inflação em 2010

Para 2011, estimativa da autoridade monetária subiu para cerca de 5%.

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O Banco Central subiu a sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano de 5% para um valor próximo de 6%, e, ao mesmo tempo, também elevou a sua projeção para 2011 de 4,6% para 4,8%, informou a autoridade monetária nesta quarta-feira (22), por meio do relatório de inflação do quarto trimestre.

Já em 2012, a estimativa da autoridade monetária para o IPCA está em 4,5%. Deste modo, apesar de ter subido as previsões frente ao relatório de setembro deste ano, elas ainda mantém uma trajetória de queda ao longo dos próximos anos.

O BC utiliza dois cenários para projetar a inflação: o de referência (no qual a taxa de juros é mantida estável em 10,75% ao ano no horizonte de projeção e o câmbio permanece em R$ 1,70 por dólar) e o de mercado - que considera as estimativas dos economistas do mercado para a trajetória de juros e câmbio nos próximos meses.

Cenário de mercado

No chamado "cenário de mercado", que utiliza as projeções dos economistas das instituições financeiras e que, portanto, é considerado mais factível, a projeção do BC para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu de 5%, em setembro, para 5,9% no documento divulgado nesta quarta-feira (22). Para 2011, a projeção subiu de 4,6% para 4,8%. Em 2012, porém, o BC prevê um recuo maior da inflação: para 4,5%.

Cenário de referência

No chamado "cenário de referência", a projeção do Banco Central para o IPCA passou de 5% para 5,9% em 2010, e subiu de 4,6% para 5% em 2011. Para 2012, a expectativa é de inflação, que ainda não havia sido divulgada para o ano fechado, ficou em 4,8%. Este cenário não considera a expectativa dos economistas do mercado financeiro de subida dos juros por parte do BC. O mercado acredita que os juros subirão para 12,25% ao ano até o fim de 2011.

Metas de inflação

No Brasil, vigora o sistema de metas de inflação, pelo qual o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central tem de calibrar a taxa de juros para atingir uma meta pré-determinada com base no IPCA. Quando sobe os juros, julga que a expectativa de inflação está incompatível com a trajetória das metas.

Para 2010 e 2011, a meta central de inflação é de 4,50%. Entretanto, há um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Com isso, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.

Deste modo, a previsão de inlação do BC está bem acima da meta central de 4,5% neste ano, embora ainda esteja dentro do intervalo de tolerância, mas já recua para um valor mais próximo do objetivo central em 2011 e chega mais perto da meta somente em 2012.

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