BC reduz juros de empréstimos feitos a bancos com dificuldades de recurso

Os bancos são obrigados, por determinação do Banco Central, a oferecer uma série de serviços gratuitos aos clientes

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O Banco Central reduziu os juros cobrados de bancos com dificuldades de recursos. Os juros eram a taxa Selic (hoje em 7,25%) mais 6% ao ano, nas operações de um dia. Agora caíram para Selic mais 1% ao ano.

O BC faz empréstimos a esses bancos, numa operação chamada de redesconto. Essa ajuda ocorre quando os bancos estão sem dinheiro suficiente para pagar seus clientes.

O BC também anunciou nesta quinta-feira (21) mudanças nas regras dos compulsórios bancários.

O objetivo da medida, segundo a assessoria de imprensa do BC, é adequar alguns pontos à nova realidade da taxa básica de juros (Selic), que está no menor nível da história.

A redução de juros entrará em vigor dois dias após a publicação no "Diário Oficial" da União. Para as operações de um dia útil, os custos passarão a ser de Selic mais 1% ao ano. Para as linhas de até 15 dias úteis, o custo será de Selic mais 2% (antes era Selic mais 4%).

A segunda medida anunciada foi a redução do custo da punição para eventuais compulsórios bancários -parcela dos depósitos dos bancos que fica presa no BC- que não tenham sido recolhidos. Hoje, o custo é de Selic mais 14% ao ano, e passará a Selic mais 4%.

O BC argumentou que a alteração, que entrará em vigor no dia 3 de abril deste ano, veio para se adequar ao novo patamar de juros do país. A medida vale para todos os compulsórios bancários que, em janeiro, somavam pouco mais de R$ 350 bilhões.

A terceira medida envolve apenas os compulsórios à vista, com a consolidação das regras e que entrará em vigor no dia 15 de abril. A mais expressiva, segundo o BC, é a que prevê que os bancos recolherão esses compulsórios apenas após fechar os seus cálculos.

Pela regra atual, feita durante período de inflação elevada, o recolhimento ocorre antes desse período. As ações fazem parte do programa "Otimiza BC", que tem o objetivo de reduzir os custos financeiros.

Segundo o BC, as mudanças anunciadas agora não trazem impactos econômicos, como liberação de mais recursos ao mercado.

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