O Banco do Brasil foi o que mais subiu os juros no empréstimo pessoal em fevereiro, indo de de 4,59% para 4,72% ao mês (uma elevação de 2,83%). Apesar da maior alta percentual, O BB ainda manteve a taxa mais baixa.
O Itaú subiu de 6,02% para 6,10% ao mês (alta de 1,33%), enquanto o Bradesco aumentou de 6,35% para 6,39% ao mês (0,63% a mais).
Os dados são de levantamento feito pelo Procon de São Paulo, que concluiu que os juros médios cobrados dos consumidores no empréstimo e no cheque especial voltaram a apresentar alta em fevereiro, depois da elevação da taxa básica de juros (Selic) de 10% para 10,5% ao ano.
A pesquisa do Procon foi realizada em 4 de janeiro com Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Caixa Econômica Federal, HSBC, Safra e Santander. Das sete instituições pesquisadas, três elevaram suas taxas de empréstimo pessoal e quatro, as taxas de cheque especial.
A taxa média do empréstimo pessoal foi de 5,44% ao mês, superior aos 5,40% registrados em dezembro.
No cheque especial, a taxa média dos bancos pesquisados foi de 8,66% ao mês, superior à de dezembro, que tinha sido de 8,48% ao mês.
O Santander, segundo o Procon, tem a maior taxa no cheque: 10,67% ao mês (antes era de 10,59%) .
O Itaú foi o banco que, percentualmente, mais subiu os juros do cheque especial: passou de 8,75% para 9,47% ao mês.
O Bradesco alterou de 8,99% para 9,03% ao mês; e O Banco do Brasil subiu a taxa de 7,24% para 7,64%.
O Santander informou, em nota, que "avalia constantemente as condições do mercado para oferecer aos clientes a melhor relação entre custo e benefício" e, em relação à tarifa do cheque especial, disse que "é adequada às características diferenciadas do produto".
Banco do Brasil e Itaú não comentaram as taxas de juros até a publicação desta reportagem.
Na primeira reunião do Copom (órgão do Banco Central) neste ano (em 14 e 15 de janeiro), foi decidido por unanimidade aumentar a taxa Selic de 10% para 10,50% ao ano. A próxima reunião do comitê acontecerá nos dias 25 e 26 de fevereiro.