BB foi o banco com melhor desempenho no Ibovespa em 2023; acionistas tiveram retorno de 76%

O Banco do Brasil (BBAS3) deu aos acionistas um retorno de 76% no ano passado.

Banco do Brasil teve desempenho acima do esperado na Bolsa de Valores | Reprodução
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O Banco do Brasil (BBAS3) surpreendeu os investidores com um retorno de 76% em 2023, desmentindo as preocupações de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pudesse afetar negativamente o desempenho do banco ao usá-lo para impulsionar a economia. Liderando o Ibovespa (IBOV) no ano passado, o BB superou o Itaú Unibanco, com um retorno total 30 pontos percentuais maior. Os dados foram publicados pela Bloomberg.

“Nós encerramos o ano de 2023 com uma clara demonstração de que o mercado está começando a dar maior atenção ao valor do Banco do Brasil”, disse Geovanne Tobias, vice-presidente de gestão financeira e de relação com investidores do Banco do Brasil, em comunicado publicado pela Bloomberg.

Analistas preveem que essa disparidade de desempenho continuará, destacando a subvalorização do Banco do Brasil pelo mercado. “O mercado penaliza demais o Banco do Brasil, sendo que o banco tem uma boa entrega de resultados e um retorno sobre o capital muito parecido com o de um banco privado de primeira linha”, disse Ricardo Peretti, estrategista de ações da Santander Corretora, em entrevista à Bloomberg News.

O banco, com R$ 2,2 trilhões em ativos, viu seu valor de mercado aumentar em R$ 59 bilhões no primeiro ano do terceiro mandato de Lula, impulsionado principalmente pelo financiamento ao agronegócio. O setor agrícola robusto do ano passado impulsionou os lucros e reduziu a inadimplência do banco, enquanto as altas taxas de juros contribuíram para o crescimento da carteira de crédito. Apesar das preocupações com a desaceleração econômica, o Banco do Brasil divulgou lucros e retornos robustos, e aumentou a distribuição de lucros aos acionistas.

Embora a perspectiva de um crescimento mais fraco e interferência política gere preocupações, alguns analistas acreditam que o banco está bem posicionado devido ao seu papel crítico no financiamento agrícola e à sua baixa inadimplência nesse setor. 

Gestoras mantêm posições otimistas nas ações do Banco do Brasil, esperando um desempenho positivo em 2024 devido à sua exposição ao agronegócio e retorno sobre o capital. Com a redução das taxas de juros pelo Banco Central, espera-se que o Banco do Brasil, assim como todo o sistema bancário, se beneficie com a diminuição da inadimplência.

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