O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, sancionou nesta terça-feira (17), em uma cerimônia na cidade de Denver, no Colorado, o pacote de estímulo econômico de US$ 787 bilhões proposto pela Casa Branca e aprovado pela Câmara e pelo Senado do país.
Obama afirmou, pouco antes de assinar o documento que oficializou o pacote, que o plano de estímulo econômico marca "o princípio do fim" da crise, com a criação de empregos e dará "alívio às famílias" com problemas de acesso ao crédito imobiliário e para o consumo, além de mais estabilidade no emprego.
"O dia de hoje marca o início do fim. O início do que temos de fazer para criar empregos para os americanos às voltas com as demissões; o início do que temos de fazer para aliviar famílias que ainda não sabem se poderão pagar o aluguel do próximo mês; o início, os primeiros passos necessários para recolocar nossa economia em fundações mais sólidas", disse Obama.
Geração de empregos
Na estimativa do governo americano, os US$ 787 bilhões devem contribuir para gerar ou proteger 3,6 milhões de empregos nos EUA, retirando o país da recessão que começou há 16 meses.
Em discurso, o presidente prometeu gastar o dinheiro dos contribuintes "com uma responsabilidade e transparência sem precedentes". Ele também anunciou que os contribuintes poderão acompanhar em um novo site (recovery.gov) como será o uso do dinheiro a ser aplicado no plano.
"Para que nosso plano tenha sucesso, devemos estabilizar, reparar e reformar nosso sistema bancário, reativar o fluxo de crédito para as famílias e os comércios", ressaltou o presidente. "Devemos redigir e fazer respeitar novas regras, para que especuladores inescrupulosos não voltem a minar nunca mais nossa economia."
Obama admitiu que a maior economia mundial ainda não resolveu todos seus problemas. "Não vou fingir que o dia de hoje marca o fim dos nossos problemas econômicos. Ele também não representa a totalidade do que vamos fazer para resolver a situação econômica", declarou Obama em Denver, no Colorado (oeste dos EUA), pouco antes de assinar o plano que consiste basicamente em investimentos em obras públicas para criar empregos e em cortes de impostos para estimular o consumo.