Neste sábado (15), a greve dos bancos completa 19 dias e deve chegar ao 21º porque as agências só devem reabrir na próxima terça-feira (18).
Apesar do acordo fechado entre a Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), a proposta ainda precisa passar pelas assembleias nos 26 Estados brasileiros e no Distrito Federal.
Na noite de sexta-feira (14), a federação e a entidade que representa os trabalhadores entraram em consenso após paralisação que começou no dia 27 de setembro.
A proposta dos bancos é reajustar os salários em 9% (aumento real de 1,5%) a partir de 1º de setembro de 2011, piso salarial para caixas para R$ 1.900 (para jornadas de seis horas), piso salarial de R$ 1.400 (aumento real de 4,3%) para escriturários e melhoria na PLR (Participação nos Lucros e Resultados) - com limite de 2,2 salários mais R$ 2.800, segundo presidente da Contraf, Carlos Cordeiro.
Além disso, haverá reajustes nos benefícios dos trabalhadores. Segundo a Fenaban, o vale-refeição sobe para R$ 19,78 por dia, o vale-alimentação passa para R$ 339,08 por mês, além da 13ª cesta no mesmo valor, e o auxílio-creche mensal fica em R$ 284,85 por filho de até 6 anos. Em conversa com o R7, Cordeiro afirmou que a confederação vai "orientar as assembleias [de funcionários] a aceitar a proposta e colocar fim à greve".
No entanto, ele confirmou que as assembleias serão realizadas na segunda-feira, o que impede a reabertura imediata das agências. Se a proposta passar (o que provavelmente vai acontecer), os bancos voltam a atender o público na terça-feira (18).
O último balanço oficial da Contraf apontou que 9.090 agências bancárias aderiram à paralisação - o que representa 45% do total de agências do país. O pico de 2010 parou 8.278 agências em todo país.
De acordo com o sindicato da categoria de São Paulo, Osasco e região, 42,4 mil bancários cruzaram os braços durante a paralisação.