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Banco Central mantém juros em 15% ao ano e segura Selic no maior patamar desde 2006

Decisão vem em linha com expectativa do mercado, que prevê retomada de cortes apenas em 2026

Sede do Banco Central | Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
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O Copom (Comitê de Política Monetária) manteve a taxa Selic em 15% ao ano nesta quarta-feira (17). Esta é a segunda manutenção do Banco Central desde o fim do ciclo de aperto monetário em julho. A decisão foi unânime, mantendo a Selic no maior patamar desde 2006.

O BC já havia previsto juros em patamar contracionista por período prolongado. A medida está em linha com a expectativa do mercado, segundo o boletim Focus. A projeção é de que a Selic só volte a cair em 28 de janeiro de 2026, com corte de 0,25 ponto percentual, chegando a 14,75%.

O Copom justificou a decisão por instabilidades externas e inflação acima da meta no Brasil. O comitê reconhece que a atividade econômica esfriou, mas o mercado de trabalho segue dinâmico. Nas atuais condições, esse cenário é inflacionário. Os juros ajudam no combate à inflação.

INCERTEZA DA POLÍTICA ECONÔMICA

O ponto destacado no cenário externo, que recomenda o atual patamar de juros no Brasil, é a incerteza da política econômica nos EUA.

"O ambiente externo se mantém incerto em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos. Consequentemente, o comportamento e a volatilidade de diferentes classes de ativos têm sido afetados, com reflexos nas condições financeiras globais. Tal cenário exige particular cautela por parte de países emergentes em ambiente marcado por tensão geopolítica", continuou o Copom no comunicado divulgado nesta noite.

SEGUIU A EXPECTATIVA DO MERCADO

A decisão do Copom nesta quarta-feira seguiu a expectativa do mercado, já que o BC indicou que a taxa básica de juros será mantida por um período prolongado. Esse é o principal instrumento para conter a inflação, que afeta mais a população pobre.

O Copom, formado pelo presidente do BC e oito diretores, passou a ter maioria de indicados por Lula em 2025, responsáveis diretos pela decisão. Economistas esperam que a taxa permaneça no atual nível até o início de 2026.

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