O Banco Central aprovou nesta quarta-feira (10) os nomes do novo grupo de diretores para o Banco Panamericano. A antiga diretoria havia sido demitida depois que um problema com os balanços do banco fizeram com que o Grupo Silvio Santos, maior controlador do Panamericano, tivesse que pedir R$ 2,5 bilhões emprestados para cobrir o rombo causado.
O problema começou quando o banco verificou ?inconsistências contábeis que não permitem que as demonstrações financeiras reflitam a real situação patrimonial da entidade".
O rombo é resultado de ativos e créditos fictícios registrados por diretores do Panamericano para ?inflar os resultados da instituição e, suspeita-se, melhorar os bônus dos executivos?, segundo informou o jornal O Estado de S.Paulo. Essa jogada da diretoria, que foi toda demitida ontem, foi descoberta há cerca de um mês pelo Banco Central.
Nesta quarta, o BC aprovou os novos nomes, entre eles o de Celso Antunes da Costa, ex-diretor de Integração da Nossa Caixa; o de Celso Zanin, da Caixa Econômica Federal; e outros como Raphael Rezende Neto, Mario Ferreira Neto, José Alfredo Lattaro, José Henrique Marques da Cruz, Eliel Teixeira de Almeida e Ivan Dumont Silva.
Na última terça-feira (9), o Grupo Silvio Santos, que controla o Panamericano, disse que levantou essa bolada para ?restabelecer o pleno equilíbrio patrimonial e ampliar a liquidez operacional da instituição?.
O dinheiro virá do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), uma entidade privada constituída por todos os bancos que operam no Brasil e que garante depósitos de clientes nas instituições financeiras em caso de problema nos bancos.
Em outras palavras, é como se uma empresa tivesse salvado as contas do banco para evitar uma intervenção do Banco Central ? que poderia arrastar outros bancos para a crise e jogar incertezas no mercado financeiro brasileiro., que inclui 34 companhias. Entre os bens usados como garantia estão a fábrica de cosméticos Jequiti e o hotel Jequitimar, no litoral de São Paulo.
Para conseguir o dinheiro, aprovado pelos membros do FGC na noite desta terça, o Grupo Silvio Santos ofereceu como garantia os bens de seu patrimônio empresarial
O SBT faz parte deste rol, mas nem a diretoria do canal de televisão, tampouco o Panamericano confirmaram que a emissora seria usada para este fim. Por meio de suas assessorias, as empresas somente informaram que não iriam se manifestar sobre o caso.