Portugal passa por uma crise sem precedentes com o aumento do preço do azeite. Como base, uma garrafa de 750 ml da versão extravirgem custava cerca de 4,65 euros (R$ 24,50), em meados de 2022. O aumento foi tão expressivo que atualmente a versão custa em média 9,03 euros (R$ 47,56).
O aumento no preço do azeite tem começado a instaurar o caos em meio às lusitanas. Situações como a falsificação de azeites, racionamento nas casas dos portugueses e nos restaurantes e até o roubo de azeitonas. Produtores tem relatado tanto o aumento dos furtos, tanto de azeitonas quanto da substância já processada.
Autoridades sanitárias de Portugal também tem alertado a população acerca da comercialização de azeite adulterado na internet. As fraudes incluem a mistura com outros óleos vegetais ou com azeite de qualidade inferior. As substâncias são tingidas com corante verde, e anunciadas como azeite de "produção artesanal e familiar".
A situação em Portugal tem sido potencializada principalmente pela crise enfrentada na Espanha, o país é o maior produtor mundial de azeite. A produção tem sido afetada pela seca, ondas de calor e incêndios florestais. Com a queda na oferta, os preços se elevaram rapidamente.
Considerada uma commodity internacional, a situação na Espanha tem afetado todo o globo, e ido desde os Estados Unidos até a Índia, algumas áreas tem pressionado o governo do país asiático para que haja redução de impostos sobre o produto. Atualmente o preço do quilo do azeite custa 8,25 (R$ 43,49) euros, há um ano estava em torno de 3,87 euros (R$ 20,40).
Espanha e Grécia tem registrado roubos de milhares de litros de azeite. Em Portugal, por outro lado, tem aumentado o furto de azeitonas. A prática tem afetado principalmente os pequenos produtores, autoridades policiais têm reforçado a vigilância nas regiões.