Aumento dos salários no Brasil bate recorde

93% das negociações salariais conseguiram aumento superior à inflação

Salário | Arquivo
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Os trabalhadores brasileiros fecharam o ano passado com o maior número de reajustes salariais acima da inflação, desde o primeiro balanço realizado em 1996 pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). O resultado mostra que 80% ou mais categorias de trabalhadores conseguiram reajustes em percentual no mínimo igual a inflação nos últimos seis anos. O recorde anterior foi registrado em 2006, quando 86,7% dos trabalhadores conseguiram reajuste superior à inflação. Na ocasião, 656 categorias de trabalhadores foram analisadas, enquanto no ano passado a análise atingiu 692 grupos. Além disso, o Dieese alterou a metodologia de cálculo e os dados anteriores serão revisados. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (18), 93% das negociações salariais conseguiram reajuste igual ou maior que a inflação medida pelo IBGE, o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). O recorde anterior havia sido registrado em 2008, no auge da crise internacional, quando 89% das negociações ficaram acima da inflação. O ano de 2003 foi o pior para reajustes. De cada dez negociações, seis ficavam abaixo da inflação do período, segundo José Silvestre Prado de Oliveira. - Vivemos inflação de 5% ao ano. Não é difícil atingir essa meta. Em 2003, a inflação ficou em quase 20%. A pesquisa não leva em consideração os benefícios conquistados pelas categorias, como cesta básica, mas apenas os reajustes financeiros brutos. Por setor, somente na indústria houve recuo na quantidade de categorias com ganhos acima da inflação. No entanto, o resultado foi pouco expressivo, de 88% para 85%. Somente 8% tiveram reajuste igual a inflação e 7% conseguiram tiveram reajuste abaixo. No comércio, 88% dos trabalhadores conseguiram reajuste acima da inflação. O setor de serviços, além de ter registrado o maior aumento no número de negociações, conseguiu ainda reduzir em 50% o número de acordos abaixo da inflação – tendo passado de 21% (2008) para 10% (2009).

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