Arrecadação federal bate recorde em maio

Esse é o oitavo mês consecutivo com recorde na arrecadação federal

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A arrecadação federal ? que inclui impostos, contribuições federais e demais receitas, como os royalties ? somou R$ 61,1 bilhões em maio deste ano, informou nesta terça-feira (22) a Secretaria da Receita Federal.

Segundo o órgão, a arrecadação bateu recorde para meses de maio. A série histórica da Receita tem início em 1995. Em abril, a arrecadação federal somou R$ 70,9 bilhões, segundo números da Receita Federal.

Na comparação com o mesmo mês de 2009, o crescimento real da arrecadação (com valores já corrigidos pela inflação) foi de 16,55%, de acordo com o governo.

A Receita Federal confirmou que a arrecadação vem batendo recordes, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, desde outubro do ano passado. Deste modo, maio é o oitavo mês seguido de recorde.

Janeiro a maio

Nos cinco primeiros meses deste ano, a arrecadação de impostos, contribuições federais e demais receitas totalizou R$ 318 bilhões, com crescimento real de 13,27% frente ao mesmo período do ano passado.

Esse também foi o maior valor para os cinco primeiros meses de um ano de toda história, segundo números da Receita Federal.

Sobre igual período do ano passado, a arrecadação cresceu R$ 37,6 bilhões, em termos reais. Se os números não forem corrigidos pela inflação, o crescimento é maior ainda: de R$ 50,6 bilhões.

Crescimento econômico

A arrecadação vem crescendo neste ano por conta do forte crescimento da economia brasileira. Quando a economia cresce, aumenta a demanda por produtos e serviços, que têm impostos e contribuições embutidos em seus preços. No primeiro trimestre deste ano, contra igual período de 2009, a economia cresceu 9%.

Além disso, em 2009, com a economia fraca, em consequência das turbulências externas, o governo arrecadou menos - o que também baixou a base de comparação. No ano passado, o governo também diminuiu tributos para estimular o crescimento econômico, fator que também contribuiu para baixar a arrecadação.

Dados já mostram, porém, o reaquecimento da economia neste ano. A produção industrial, por exemplo, cresceu 18,2%, enquanto o volume geral de vendas subiu 16,09%.

Impacto nos impostos

Com o retorno de um ritmo mais acelerado de crescimento econômico neste ano, e com o fim das desonerações de tributos, a arrecadação voltou a ganhar fôlego em 2010.

Com o IPI de Automóveis, por exemplo, governo arrecadou 247% a mais de janeiro a maio. O imposto havia sido reduzido em 2009 para estimular a economia. No caso do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), o aumento real da arrecadação foi de 1,99% de janeiro a maio. Também subiu a arrecadação do IRRF-Rendimentos do Trabalho, que avançou 6,93% nos cinco primeiros meses deste ano.

Com a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), houve o crescimento real de 20% de janeiro a maio deste ano e, no caso do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), cuja alíquota para estrangeiros subiu 2% em outubro do ano passado, o aumento foi de 33,48% nos cinco primeiros meses de 2010.

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