A Argentina exigirá que as petroleiras do país operem campos de petróleo e gás a plena capacidade, informou a agência estatal Telam no sábado, um dia após o governo cortar US$ 461 milhões em benefícios fiscais anuais de empresas que atuam no setor de combustíveis.
A redução de incentivos fiscais anunciada na sexta-feira (3) afeta a Petrobras, além de empresas como Panamerican Energy, de propriedade da BP e Bridas firmes locais; YPF, a unidade local da espanhola Repsol, e a Sinopec, da China.
O governo da presidente Cristina Fernandez culpa as empresas petrolíferas do setor privado pelo declínio da produção de óleo bruto do país. A terceira maior economia da América Latina é cada vez mais dependente das importações de energia para atender a demanda de gás natural e petróleo, que subiu desde 2003, depois de uma profunda crise econômica.
"Eles deveriam chegar a uma capacidade total de gás e petróleo", disse o ministro do Planejamento, Julio De Vido, segundo a agência estatal. Para manter a situação financeira, a Argentina tem tomado algumas medidas de austeridade fiscal, como rever subsídios para transporte público e energia.
O país sul-americano não tem posição favorável nos mercados de capitais internacionais desde a crise econômica que atingiu o país entre os anos de 2001 e 2002.