A Apple perdeu US$ 250 bilhões em valor de mercado após o 'tarifaço' de Donald Trump, caindo para US$ 3,12 trilhões. As ações recuam 8%, no pior dia desde 2020. As novas tarifas dos EUA, de 34% sobre produtos chineses, afetam a empresa, que fabrica 90% dos iPhones na China.
O aumento das tarifas pode elevar os custos anuais da Apple na China em US$ 8,5 bilhões, segundo o Morgan Stanley. A empresa deve decidir entre absorver o impacto ou repassá-lo aos consumidores. Caso opte pela segunda opção, o iPhone 16 Pro Max nos EUA pode subir de US$ 1.599 para quase US$ 2.300, conforme projeção da Rosenblatt Securities.
Após tarifas anteriores, a Apple transferiu parte da produção para Vietnã e Índia, que agora enfrentarão taxas de 46% e 26%. Analistas da Reuters apontam que isso pode favorecer a Samsung, que fabrica celulares na Coreia do Sul, sujeita a uma tarifa menor de 25%.
A Apple disse em fevereiro que investirá mais de US$ 500 bilhões e criará 20 mil empregos nos EUA, após o chamado de Trump para empresas voltarem a produzir no país.
Big techs na posse de Trump
Tim Cook e outros líderes de big techs, como Sundar Pichai, Mark Zuckerberg e Elon Musk, participaram da posse de Donald Trump em janeiro. A presença foi vista como uma aproximação do governo, com todas as empresas contribuindo para o fundo de posse. Após a cerimônia, Cook parabenizou Trump no X, destacando a parceria para inovação e geração de empregos nos EUA.