Depois de terem as negociações suspensas por cerca de uma hora, devido ao pedido de recuperação judicial apresentado na véspera, as ações da OGX operam em forte queda nesta quinta-feira (31).
Às 14h33 (horário de Brasília), os papéis da petroleira de Eike Batista recuavam 35,29%, cotados a R$ 0,11. Assim que as ações começaram a ser negociadas, a desvalorização chegou perto de 30%.
Próximo deste horário, o Ibovespa recuava 0,57% ? depois de ter subido durante a manhã ?, com OGX pressionando o indicador.
No dia anterior, as ações da OGX recuaram 26,08% e fecharam na mínima histórica de R$ 0,17.
A petroleira OGX, controlada por Eike Batista, entrou na quarta-feira com pedido de recuperação judicial. O pedido foi feito pelo advogado Sergio Bermudes ? que confirmou a informação antes mesmo do fechamento dos negócios.
A medida era amplamente aguardada pelo mercado, com a proximidade do fim do prazo para que a empresa agisse e evitasse um calote formal de sua dívida. O prazo vencia nesta quinta. O processo de recuperação judicial da petroleira é o maior da história de uma empresa latino-americana, segundo dados da Thomson Reuters.
Com o pedido de recuperação, a regra estabelece que as negociações na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa) sejam suspensas, sem, no entanto, estabelecer um prazo fixo para esta paralisação. A bolsa determinou que os papéis da OGX poderiam voltar a ser negociados em após as 11h desta quinta.
Os papéis, no entanto, deixarão de fazer parte dos índices de ações da bolsa, incluindo o Ibovespa, principal indicador do mercado de ações brasileiro.
Ao final do pregão desta quinta-feira, a Bovespa realizará um procedimento especial de negociação para determinar o preço de retirada das ações da OGX dos índices de ações. Após o encerramento do pregão regular, às 17h, as carteiras dos índices serão rebalanceadas. Assim, na abertura dos negócios de sexta-feira (1º), os papéis não farão mais parte das mesmas.