Apesar do adiamento, aumento do IPI atingiu “objetivo”, diz ministro

Aumento do tributo para carros importados já trouxe investimentos, disse

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel | Divulgação
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O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, afirmou nesta sexta-feira (21) que a medida do governo de aumentar em 30 pontos percentuais o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre carros importados que não tenham fábrica no Brasil já produziu parte dos "efeitos" desejados.

Segundo ele, a decisão do Supremo Tribunal Federal de suspender a incidência novo imposto até dezembro não prejudica a política do governo de estimular a produção nacional de veículos.

"Acho que não tem prejuízo. Objetivo nosso era trazer novos investimentos, estimular que as empresas venham produzir no Brasil aquilo que hoje elas apenas exportam para o Brasil e esse objetivo está sendo atingido", disse.

O Supremo Tribunal Federal (STF), que decidiu nesta quinta-feira (20) adiar, para 15 de dezembro, a entrada em vigor do aumento de 30 pontos porcentuais do IPI sobre veículos que não tenham 65% de produção local.

Pimentel afirmou que o governo não "esperava" essa decisão, mas disse que vai cumpri-la. "Esperar, não. Achávamos que não ia acontecer, mas não atrapalha, não. Decisão do Supremo Tribunal a gente cumpre. É simples assim. Daqui a 90 dias a gente começa a praticar o IPI", disse.

De acordo com o ministro, novas fábricas automotivas vão se instalar no Brasil nos próximos anos. Nesta sexta, a MAN Latin America, que fabrica ônibus e caminhões, anunciou investimento de R$ 1 bilhão no Brasil entre 2012 e 2016. Segundo Pimentel, que também participou do encontro, os recursos serão aplicados para dobrar a capacidade de produção na fábrica da empresa em Resende (RJ), que passará produzir 140 mil veículos por ano.

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