Anfavea quer fim de imposto zero de importação para carros elétricos

Para o presidente da associação, é fundamental ter uma regra e que ela dê previsibilidade para o setor.

Ponto de recarga | Nelson Oliveira / Agência Brasil
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O fim do Imposto de Importação zero para veículos elétricos foi defendido pela Associação de Montadoras no Brasil, Anfavea. O objetivo é fomentar a internalização da produção no país e previsibilidade de investimentos do setor.

Apesar da comercialização dos veículos elétricos ser reduzida no Brasil, as vendas vêm registrando um aumento de carros híbridos. Em 2022, o comércio desses veículos avançou quase 17% diante de um crescimento geral do mercado de leves de 7,7%. Levando em conta apenas o mês passado, as vendas deste segmento dispararam 71% sobre um ano antes, apesar dos preços elevados desses carros que passam de 150 mil reais.

Ponto de recarga (Nelson Oliveira/Agência Brasil)

Segundo Márcio Leite, presidente da Anfavea, o que se propõe não é abrir este mercado para inundar o mercado nacional com produtos de países de custo mais baixo. “O Brasil ainda está caminhando em termos de competitividade e não podemos matar nossa indústria de autopeças.”

Para o presidente da associação, é fundamental ter uma regra e que ela dê previsibilidade para o setor. Hoje, veículos com motores a combustão pagam 35% de Imposto de Importação.

De acordo com Márcio Leite, a defesa do fim do Imposto de Importação zero vem no momento em que o setor se prepara para definições de investimentos no país nos próximos anos. Ele ressaltou ainda ser favorável ao tributo zerado nos casos em que os modelos não tenham altos volumes de vendas, como os de luxo, e que sejam usados como “indutores dessa tecnologia, sem competir com empregos locais”.

O presidente da Anfavea não mencionou quando o imposto zero deveria ser revisto, mas um projeto de lei do senador Irajá (PSD-TO) foi apresentado em 2022 na Comissão de Assuntos Econômicos, prevendo isenção do Imposto de Importação para elétricos e híbridos até o fim de 2025.

Em janeiro, montadoras instaladas no Brasil produziram 152,7 mil carros, picapes, utilitários esportivos, vans comerciais, ônibus e caminhões, queda de 20,3% na comparação com dezembro, mês tradicionalmente mais aquecido, mas que no ano passado foi atingido por férias coletivas e jogos da Copa do Mundo.

Comparada com janeiro de 2022, a produção do setor subiu 5%. (Com informações da Infomoney)

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