Os governos dos países da América Latina preparam uma posição comum sobre a volatilidade dos preços das commodities, nas discussões do G20 (grupo com as maiores economias do mundo), em novembro, em Cannes, na França. A decisão foi definida pelos ministros da Agricultura dos países da região, em Buenos Aires, na Argentina. A partir do dia 21, o tema será novamente discutido em outra rodada de reuniões dos latino-americanos.
O ministro da Economia da Argentina, Amado Boudou, afirmou que a ideia é definir posições sobre os preços dos produtos de bens primários e descartar a proposta de regulação dos mercados financeiros em commodities. "Queremos evitar a elevada volatilidade dos preços e da especulação financeira nos produtos agrícolas", afirmou ele.
De acordo com Boudou, os latino-americanos se preocupam com a alta dos preços dos alimentos, que atingem elevados níveis mundiais. Segundo ele, também há preocupação sobre os preços dos alimentos, energia e as commodities metálicas, como o petróleo e o ouro.
Em Cannes, na França, os ministros devem discutir sobre o investimento na agricultura para aumentar a oferta e alcançar a transparência nos mercados agrícolas fornecer mais informações para que haja menos especulação, o projeto mecanismos de ação para superar uma crise de alimentos, dando um tratamento para a volatilidade dos preços e a regulação do setor por meio das instituições financeiras.
Para a Organização das Nações Unidas (ONU), em dez anos, a população mundial chegará a 9,2 bilhões de habitantes, e a produção mundial de alimentos não acompanhará o mesmo ritmo. No último fim de semana, o assunto foi tema de reunião, em Buenos Aires, e reuniu representantes de vários setores mundiais, como a ONU, do Banco Mundial, do Ministério das Finanças da França, entre outros.
Também estiveram presentes nas reuniões, o representante da Caixa Econômica Federal, Luiz Antonio Barreto Pereira da Silva, e o diretor da Comissão da Agricultura e Desenvolvimento Rural da União Europeia, José Manuel Silva Rodriguez.