Mais de 4,3 milh?es de nordestinos ascenderam socialmente de 2001 para 2007. Eles s?o 41,7% dos 13,8 milh?es de brasileiros que melhoraram de faixa social. A maioria dessas pessoas estava na base da pir?mide: foram 3,7 milh?es que saltaram da camada de baixa renda (com renda familiar mensal de at? R$ 545,66) para a renda m?dia (de R$ 545,66 a R$ 1.350,92). O levantamento ? do Ipea (Instituto de Pesquisa Econ?mica Aplicada).
A institui??o aprofundou os dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domic?lios), divulgada semana passada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estat?stica). Em ?mbito nacional, foram 13,8 milh?es de pessoas que subiram de faixa social, sendo 10,2 milh?es da base para a faixa intermedi?ria.
Outros 3,6 milh?es de brasileiros sa?ram da renda m?dia para a alta (acima de R$ 1.350,82), dos quais 674 mil s?o do Nordeste. ?Nesse per?odo (de 2001 para 2007), come?amos a ter uma mobilidade social ascendente que n?o t?nhamos faz tempo?, afirmou o economista Ricardo Amorim, um dos pesquisadores do Instituto que anunciaram os resultados do levantamento. Para ele, n?o foi somente uma quest?o de ?talento individual? que levou essas pessoas a subirem os degraus sociais: ?Talento individual ? importante, mas n?o se desenvolve sem as condi?es sociais necess?rias?.
De acordo com o pesquisador, o salto da base da pir?mide para a camada de renda m?dia foi puxado basicamente por programas de assist?ncia e de transfer?ncia de renda, al?m de oportunidades de emprego geradas no per?odo. J? a subida da camada de renda m?dia para a camada mais elevada foi gerada basicamente por aumento no volume de empregos formais, e o bom ritmo de crescimento econ?mico.
Preocupa??o
O Ipea alerta que, embora o Nordeste tenha melhorado sua distribui??o social da renda, ainda ? a regi?o com maior concentra??o de pessoas no estrato inferior. A baixa renda passou de 57,3% para 49,2%, mas isso representa quase metade (25,3 milh?es) de habitantes. No Brasil, a queda foi de 33,3% para 27,4%.