Na novela Vale Tudo, da TV Globo, a ambiciosa Maria de Fátima, vivida por Bella Campos, não escondeu a decepção ao descobrir que um milhão de dólares não era suficiente para comprar a mansão dos sonhos. Com isso, surge a pergunta: o que, afinal, dá para fazer com esse valor?
Convertido para a moeda brasileira na cotação média de junho de 2025 (R$ 5,20), o montante equivale a R$ 5,2 milhões. Parece muito? Depende de onde e como se pretende gastar.
Mercado imobiliário: luxo com limites
Para quem pensa em imóveis, a decepção de Maria de Fátima pode se repetir. Em São Paulo, por exemplo, apartamentos de alto padrão em bairros como Jardins ou Itaim Bibi facilmente ultrapassam os R$ 10 milhões. No Rio de Janeiro, coberturas na Zona Sul ainda estão fora do alcance de um milhão de dólares. Em contrapartida, em cidades do interior ou no litoral nordestino, é possível comprar uma bela casa com piscina, vista para o mar e ainda sobra para mobília.
Empreender ou viver de renda?
Outra opção é investir o valor. Aplicado em renda fixa, com retorno anual em torno de 1% a 1,2% ao mês (líquido), o montante pode render até R$ 60 mil por ano, ou cerca de R$ 5 mil por mês. O suficiente para uma vida confortável, mas longe do luxo.
Já para empreendedores, o valor pode ser o pontapé inicial para abrir um negócio de médio porte. Franquias consolidadas no Brasil, como redes de alimentação ou estética, têm investimento inicial na faixa dos R$ 300 mil a R$ 1,5 milhão. A quantia também permitiria montar uma pequena empresa de tecnologia ou serviços, com estrutura enxuta e potencial de crescimento.
Estilo de vida: viagens, carros e consumo
Para quem sonha em torrar o valor, as possibilidades são tentadoras: dá para dar a volta ao mundo em classe executiva, comprar um carro de luxo como um Porsche 911, renovar o guarda-roupa com grifes internacionais e ainda investir em obras de arte ou relógios de colecionador. Mas, claro, nesse ritmo, o dinheiro pode evaporar rapidamente.
Educação e patrimônio
Com foco no futuro, é possível usar o montante para custear a educação de filhos ou netos em universidades privadas de renome — ou até mesmo bancar cursos completos no exterior. Harvard, por exemplo, cobra cerca de US$ 80 mil por ano entre mensalidades e despesas, o que significa que o valor cobriria um curso de quatro anos para três estudantes, com alguma margem.
No fim das contas, um milhão de dólares pode não comprar um palacete no Leblon — mas ainda faz muita diferença. Desde que, claro, o personagem principal saiba o que fazer com ele.