Pode ficar tranquilo: o Ebola ainda não chegou no Brasil. Não há suspeitos de terem contraído o vírus. Muito menos casos confirmados, diz o Ministério da Saúde.
Depois que a epidemia passou a estampar as páginas dos portais de notícias, uma série de boatos de que o vírus teria chegado ao país começou a correr pela internet. Em Belo Horizonte, um paciente de 78 anos que chegou do continente africano foi internato com tosse.
O boato de que ele estaria infectado se espalhou, mas ele estava com pneumonia. Outro boato diz que o primeiro caso de Ebola estaria confirmado no Maranhão.
Último deles, relativo a supostos casos no Rio de Janeiro, está sendo espalhado via WhatsApp.
Procurado, o Ministério de Saúde negou os boatos e esclareceu que não há nenhum caso confirmado, e que o risco de transmissão para o país é considerado baixo. Leia a nota:
Ministério desmente boatos sobre casos de Ebola no Brasil
Com relação aos boatos que estão circulando nas redes sociais e por meio do aplicativo Whatsapp sobre Ebola, o Ministério da Saúde esclarece que não há caso suspeito ou confirmado da doença no Brasil. Vale ressaltar que o risco de transmissão para o país é considerado baixo. De acordo com os dados oficiais divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os países acometidos pelo surto do vírus Ebola são Guiné, Libéria e Serra Leoa, todos situados na África Ocidental. O Ministério da Saúde recebe, diariamente, informações da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a situação de circulação de vírus no mundo, inclusive o Ebola, além de quaisquer outras situações que possam se caracterizar como emergência de saúde pública. Como a doença é transmitida pelo contato direto com sangue, secreções, órgãos e outros fluidos corporais de pessoas ou animais infectados, a transmissão para outros continentes é considerada como pouco provável. A OMS não recomenda quaisquer medidas que restrinjam o comércio ou o fluxo de pessoas com os países afetados.
Precaução
Nesta sexta (22), a Secretaria de Aviação Civil publicou um comunicado detalhando processos adotados pelos aeroportos brasileiros para evitar a transmissão do vírus. Entre as medidas recomendadas, estão: - Identificar suspeitos já no avião, mantê-los tão afastados quanto possível dos demais pacientes e notificar o aeroporto de destino;
- O aeroporto, por sua vez, notifica a Anvisa para a avaliação do caso no desembarque; tripulantes e pessoas que se sentaram próximas ao suspeito são incluídas na investigação;
- Se caracterizada a suspeita de ebola, o paciente deverá ser levado de ambulância a um hospital de referência. Todas as capitais têm hospitais designados para esse tipo de emergência.
- Segundo o comunicado, todas as 12 cidades-sede da Copa do Mundo já têm kits de proteção com luvas, macacão, máscaras, botas e aventais impermeáveis. Segundo a secretaria, as outras capitais começaram a receber kits nesta semana.