O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vai cortar em 25% o custo do Censo Demográfico 2020, megaoperação inicialmente estimada em R$ 3,4 bilhões, conforme antecipou ontem o Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor.
Fontes apontam diferentes caminhos para o corte do custo, como a redução do questionário da pesquisa, o que permitiria contratação de menos recenseadores temporários, e, principalmente, salários menores para os contratados. Pelo plano original, seriam contratados 240 mil temporários, sendo 203 mil recenseadores.
O instituto confirma que os questionários serão ajustados, de forma a "eleger quais informações fundamentais devem ser pesquisadas no Censo e quais podem ser obtidas por outras pesquisas amostrais". O instituto afirmou que "não haverá perda de informações" com as mudanças.
De acordo com um servidor responsável pela operacionalização do Censo, a redução do tamanho do questionário permitiria que os recenseadores passassem menos tempo em cada domicílio e, desta forma, cada um poderia realizar um número maior de visitas. Assim, o instituto poderia economizar na contratação de pessoal temporário.
Procurado, o IBGE afirma que o Censo 2020 permanece uma prioridade, mesmo com a redução de custos da operação. "O objetivo do IBGE é realizar um Censo menos custoso, com qualidade e sem perda de informação", informou o instituto, em nota que confirma a intenção de reduzir o custo em 25%. O instituto lembrou que qualquer alteração no questionário só será implementada após consultas a quatro grupos envolvidos na operação: comissão do Censo; comissão técnica; grupo de especialistas; e órgãos internacionais, "sem prejuízo da discussão contínua entre as áreas técnicas da instituição".
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