Dinamizar a economia do centro de Teresina, melhorar calçadas, ampliar a arborização e garantir melhor acesso para pedestres e cliclistas são algumas das propostas da Prefeitura de Teresina para a requalificação da área central da cidade. Para ver de perto a situação atual da região, o prefeito Firmino Filho tem realizado passeios ciclísticos aos domingos, com grupo de secretários.
“Nossa ideia é fazer um passeio que seja, ao mesmo tempo, prazeroso, mas que nos dê uma visão mais tranquila e detalhada da situação do nosso centro, que tem muitas belezas e muitos problemas”, explica o prefeito.
A Prefeitura já montou um grupo de trabalho que está analisando todos os aspectos do centro e deve abrir o debate com grupos da sociedade civil. “Queremos um plano não da Prefeitura, mas de toda a cidade,que possa, ao longo do tempo, ser transformado em realidade”, comenta Firmino.
Ele observa que, de certa forma, essa proposta é a reprodução de uma planto de revitalização do centro que foi feito na década de 90. Na época, também foi feito um processo de planejamento participativo e democrático que rendeu grandes intervenções realizadas no centro. “Não tenho a menor dúvida de que a reprodução desse processo vai trazer efeitos positivos para nosso centro ao longo dos próximos anos”.
Firmino disse que o objetivo maior é tornar a região central mais humana, mais agradável e mais atraente, de forma que possa recuperar seu dinamismo econômico, que foi muito abalado com a chegada dos shopping centers.
“Há vários desafios a serem superados, como a questão das calçadas, que têm sido afetadas especialmente pela quantidade de carros que se destina ao centro e acaba ocupando esse espaço que é dos pedestres. Tínhamos cerca 150 mil veículos há 12 anos e hoje são mais de 460 mil. A maioria se dirige para o centro, onde existe trabalho e escolas. Cada espaço é disputado, incluindo as calçadas”.
Outros pontos estudados pela Prefeitura são relacionados à arborização, acesso dos ciclistas ao centro e estacionamento. O prefeito também se preocupa com o esvaziamento do centro em termos de residências. “Em 10 anos, mais de oito mil pessoas deixaram de morar no bairro centro. Queremos pensar uma forma de incentivar esse retorno, especialmente porque é uma área que já tem toda uma infra-estrutura montada e aos, domingos, por exemplo, está completamente ociosa”, observou.