Donos de terreno no Parque Rodoviário poderão ser indiciados

O terreno abrigava a lagoa que provocou o alagamento na região

|
Siga-nos no Seguir MeioNews no Google News

A Delegacia do Meio Ambiente agendou, para a próxima semana, uma audiência com os representantes da empresa responsável pelo terreno onde ficava uma lagoa que provocou o alagamento de cem famílias que residiam no Parque Rodoviário, no início deste ano. Se eles forem indiciados, poderão pagar multas que variam de R$ 5 mil a R$ 50 milhões.

Mesmo tendo sido feita a perícia no lugar, até o momento o inquérito ainda não foi concluído, porque faltam os depoimentos dos representantes da empresa do terreno onde estava a lagoa. Os representantes da empresa foram intimados pela Delegacia do Meio Ambiente, mas não compareceram à audiência porque alegaram problemas de saúde.

Segundo a delegada do Meio Ambiente, Edenilza Rodrigues, houve um descaso no local, porque o clube da empresa onde havia a lagoa, estava abandonado e o laudo aponta que houve, de fato, um crime ambiental.

"Eles vão ser indiciados pelo crime ambiental, por conta do abandono do terreno que é de propriedade dos mesmos, lembrando que todo terreno tem sua função social, previsto na própria Constituição, em que as pessoas devem cuidar do que compraram, no caso do imóvel. Tem que cumprir as normas, de acordo com a Prefeitura. O abandono daquele local ocasionou um dano ambiental, por conta de uma microbacia, que, por conta do excesso de água, houve o rompimento de uma parede que era uma barreira natural, existente naquele local, fora os outros danos causados às pessoas, que todos já sabemos. Mas a Delegacia só investiga a parte ambiental do crime", explicou a delegada Edenilza Rodrigues.

A tragédia com o rompimento da lagoa que se formou dentro do terreno, localizado no Parque Rodoviário, aconteceu em abril deste ano.

Veja Também
Tópicos
SEÇÕES