O representante no Brasil do Alto Comissariado da Organiza??o das Na?es Unidas para Refugiados (Acnur), Luiz Varese, disse ao G1 que a entidade ainda n?o recebeu qualquer pedido de ajuda do brasileiro Oscar Maroni Filho, conhecido em S?o Paulo como dono da boate Bahamas e preso desde 14 de agosto sob acusa??o favorecimento e explora??o da prostitui??o, forma??o de quadrilha e tr?fico de pessoas.
O advogado de Oscar Maroni, Daniel Majzoub, disse na quarta-feira (29) que o empres?rio pediu asilo a oito pa?ses: Noruega, Dinamarca, Su?cia, Holanda, Alemanha, Canad?, Estados Unidos e Uruguai. ?Eles (os pa?ses) receberam positivamente e pediram para aguardar o pronunciamento da ONU?, afirmou. O G1 procurou as embaixadas em Bras?lia de todos os pa?ses citados e, por enquanto, apenas a Su?cia confirmou ter recebido contatos dos advogados do empres?rio.
O representante da Acnur tamb?m disse que o Alto Comissariado para Refugiados n?o ? caminho adequado para Maroni pedir asilo em outros pa?ses, porque para isso o brasileiro teria de estar fora de seu pa?s de origem.
?Essa possibilidade (de pedido de asilo) n?o existe, porque para isso ele teria de estar fora de seu pa?s. Ainda que o pedido chegasse aqui, n?o existe essa possibilidade. Embora seja moderna, a lei de refugiados brasileira n?o se presta aos brasileiros.?
Varese descarta tamb?m a possibilidade de Maroni conseguir asilo nos Estados Unidos ou em pa?ses da Europa, porque segundo o representante da Acnur, essa figura do asilo s? existe em pa?ses latino-americanos. Nesse caso, restaria ao brasileiro apenas o Uruguai, cuja embaixada em Bras?lia negou que tenha havido qualquer contato, com o acr?scimo de que qualquer contato em S?o Paulo seria rapidamente comunicado.
Na quarta-feira, o advogado de Maroni disse que o empres?rio se considera um preso pol?tico. ?Desde que est? preso, ele ainda n?o foi interrogado. Al?m disso, a pris?o preventiva dele ? descabida. Ele n?o apresenta risco e em nenhum momento quis fugir. Ele se disp?e a entregar o passaporte se preciso.?