O acordo de delação premiada do empresário Joesley Batista, dono da JBS, fechado com o Ministério Público Federal, prevê que ele pagará multa de R$ 110 milhões, parcelada em dez anos, a partir de junho do ano que vem (conheça os principais pontos mais abaixo).
Joesley e o irmão dele Wesley Batista fecharam o acordo no âmbito da Operação Lava Jato e apresentaram documentos, fotos e vídeos como prova das informações prestadas.
As delações já foram homologadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato. O sigilo do conteúdo das informações foi retirado nesta semana e divulgado pela Corte.
Principais pontos
Conheça abaixo os principais termos do acordo de delação de Joesley Batista:
Benefício legal do não oferecimento de denúncia, previsto da lei da colaboração; em caso de denúncias já oferecidas, será comunicado que houve acordo por perdão judicial;
Pode solicitar medidas para segurança própria ou da família à PF, MPF e STF, que adotarão providências para inclusão no programa federal de proteção ao depoente especial;
Tem 120 dias para apresentar novos temas não indicados na delação. Fatos ilícitos não contados poderão geral rescisão ou repactuação do acordo, que será novamente submetido ao STF;
J&F apresentará em 120 dias lista de funcionários ou executivos que praticaram crimes e que queiram colaborar; mesmo que não constar da lista, qualquer empregado atual ou ex-funcionário poderá se apresentar em 60 dias para colaborar;
Acordo perde efeito se houver descumprimento, se colaborador mentir ou omitir fatos, ou se ele adulterar provas.
Áudios
Entre as provas apresentadas por Joesley ao Ministério Público está a gravação de uma conversa com o presidente Michel Temer em março deste ano no Palácio do Jaburu, residência oficial da Vice-presidência