Dois ex-internos da antiga Febem (atual Funda??o Casa) disseram ? pol?cia de S?o Paulo que receberam ajuda financeira do padre J?lio Lancelotti, 58, ap?s deixar a institui??o e que o religioso nunca insinuou ou exigiu contatos ?ntimos.
A Pol?cia Civil interrogou os dois sexta e ontem. O dinheiro, segundo os ex-internos Marcelo Eduardo de Almeida Brito, o Marcelo Queijeiro, e Luciano Sales Moreti, 25, era dado pelo religioso para que eles pagassem contas dom?sticas, comprassem comida, fizessem cursos e tirassem documentos. Ambos afirmaram que nunca tiveram rela?es sexuais com o padre. Um terceiro ex-interno da Febem relacionado na lista de pessoas que receberam aux?lio financeiro do padre ser? convidado pela pol?cia a relatar como era seu contato com o religioso. Trata-se de Jalber Jos?.
Para chegar aos nomes dos ex-internos, a pol?cia usou o depoimento do delegado Luiz Carlos dos Santos, conhecido como China, que procurou dia 31 de outubro os respons?veis sobre o suposto caso de extors?o no qual o padre ? v?tima.
Santos tamb?m relatou como a pol?cia investigou pela primeira vez, em junho de 2005, quatro ex-internos a mando do ent?o governador de S?o Paulo, Geraldo Alckmin. ? ?poca dessa investiga??o, Santos era interinamente delegado-geral da Pol?cia Civil.
Lancelotti, segundo Santos, disse ao ent?o secret?rio adjunto da Seguran?a, Marcelo Martins de Oliveira, que Brito traficava drogas perto de sua igreja.
Por isso, o Pal?cio dos Bandeirantes e a Secretaria da Seguran?a determinaram que o Denarc (departamento de narc?ticos) investigasse Brito.
No relat?rio final da investiga??o, os policiais do Denarc n?o conseguiram constatar o envolvimento de Brito com tr?fico e, ainda na vers?o do delegado Santos, "tudo aparentava [ser] uma briga entre amigos".