Dia Internacional da Hemofilia. A data lembrada no dia de hoje, 17 de abril, traz uma reflexão sobre um problema que atinge muitos brasileiros.
São mais de doze mil pessoas no país que sofrem de Hemofilia, uma doença que atinge em grande parte os homens.
Segundo o Ministério da Saúde, no país são 12.983 pessoas. Os brasileiros representam a quarta maior população mundial de pacientes com o problema.
A Hematologista Marina Aguiar, explica que há a hemofilia tipo A e tipo B cadastrados. "A hemofilia é um distúrbio hemorrágico hereditário que se caracteriza por desordem no mecanismo de coagulação do sangue e manifesta-se geralmente no sexo masculino", complementa.
Ela explica que a hemofilia A, representa cerca de 80% de todos os casos, e é uma deficiência do fator de coagulação VIII, já a hemofilia B é uma deficiência do fator de coagulação IX.
Sintomas
O principal sintoma, segundo a médica, é a hemorragia excessiva. "Ela pode ocorrer em uma articulação ou músculo, dentro do abdômen ou da cabeça, ou devido a cortes, procedimentos odontológicos ou cirurgia", pontua a especialista, que também atua no Hospital Anchieta de Brasília. "Uma criança com hemofilia sofre facilmente equimoses na pele", acrescenta.
Nos quadros graves e moderados, os sangramentos repetem-se espontaneamente. Em geral, são hemorragias intramusculares e intra-articulares provocando: dor forte e aumento da temperatura na articulação ou músculo e restrição de movimento articular.
Ela destaca que as articulações mais comprometidas costumam ser joelho, tornozelo e cotovelo. "Os episódios de sangramento podem ocorrer logo no primeiro ano de vida do paciente sob a forma de equimoses (manchas roxas), que se tornam mais evidentes quando a criança começa a andar e a cair. Nos quadros leves, o sangramento ocorre em situações como cirurgias, extração de dentes e traumas", relata.
Diagnóstico
Segundo a professora e hematologista, Leda Maria Sales, o diagnóstico é feito através das informações dadas pelo paciente ou acompanhante sobre sangramentos articulares (hemartroses) ou musculares. Tais sangramentos podem ser espontâneos ou provocados por traumas físicos. A confirmação do diagnóstico é dada pela dosagem no sangue do fator VIII.
Tratamento
Já para o tratamento, a professora Leda Maria conta que é feito com a reposição parenteral do fator deficiente. Quanto mais precoce for o início do tratamento, menores serão as sequelas que deixarão os sangramentos.