Dodge diz que pode aumentar equipes da Lava Jato se assumir a PGR

Dodge vai suceder Rodrigo Janot

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A subprocuradora Raquel Dodge – indicada por Michel Temer para o comando da Procuradoria Geral da República (PGR) – afirmou nesta quarta-feira (12), ao ser sabatinada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que, se necessário, vai aumentar as equipes responsáveis por operações do Ministério Público como a Lava Jato.

Ao se apresentar aos integrantes da CCJ, Raquel Dodge ressaltou aos senadores que, se for aprovada para o cargo de procuradora-geral da República, o combate à corrupção terá “prioridade e todo o apoio necessário”.

A sessão da CCJ na qual a subprocuradora da República está sendo questionada teve início às 10h46. A previsão é de que a sabatina dure cerca de oito horas. Se houver tempo, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), pode pautar para esta quarta-feira a votação do nome de Raquel Dodge no plenário principal da Casa.

Ao avaliar a popularidade da Lava Jato, a subprocuradora ressaltou que o apoio popular à investigação se deve à celeridade com que as decisões são tomadas, graças à legislação aprovada pelo Congresso Nacional.

“A Operação Lava Jato e todas as outras operações e ela associadas ou dela derivadas mostraram ao país que com a legislação que temos aprovada aqui no Congresso, é possível entregar prestação judicial com resultados e de forma célere. Essa é a combinação que acabou atraindo a atenção da população e a credibilidade para todas as intuições envolvidas na administração da Justiça”, disse a subprocuradora.

Ao responder outra pergunta de senadores sobre a operação, ela disse que cabe aos procuradores responsáveis, em cada instância judicial, definir os rumos da investigação, desde que “tudo isso ocorra sob o império do devido processo legal com respeito aos limites impostos na legislação”.

“O órgão acusador, que é o Ministério Público, e o órgão que investiga, que é principalmente a polícia, vão colher a prova, vão considerar que a prova é válida, vão fundamentar a atuação com base na coerência existente entre as provas e também com a colaboração que fizer alguém que foi celebrou esse acordo. De modo que a condução dos trabalhos será com base na prova, com base na lei, de forma serena, de forma tranquila, para que evitemos aquilo que a Constituição assegura para todos, que é a proteção contra o aviltamento da dignidade da pessoa humana”, enfatizou.

Raquel Dodge destacou ainda que, se for aprovada pelo Senado, irá agir na chefia do Ministério Público com "firmeza, equilíbrio, confiança e imparcialidade".

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