Uma parcela de cristãos de extrema direita dos Estados Unidos comemoraram o ataque à boate gay de Orlando que deixou 50 mortos e 53 feridos, no último domingo, dia 12 de junho. A tragédia, praticada por Omar Mateen, de 29 anos, que tinha ódio contra os gays, foi abordada por pastores que classificaram o ocorrido como 'obra divina' para eliminar "pecadores".
Um pastor de nome Roger Jimenez, da igreja batista da Verdade, de Sacramento, discursou sobre o tema e disse que acha 'ótimo' o ataque que matou, segundo ele, "50 sodomita". "Então você está triste pelos 50 sodomitas que foram mortos hoje? Não... Eu acho ótimo. Eu acho que isso ajuda a sociedade. Eu acho que Orlando e a Flórida está um pouco mais segura esta noite", disse o pastor que foi bastante aplaudido pelos demais fieis.
A reja Batista Westboro culpou as vítimas pelo ataque e disse nas redes sociais que "Deus mandou o atirador" para matá-los. O evangelista Dave Daubenmire sugeriu que o ataque fizesse parte de uma estratégia para promover o controle de armas nos Estados Unidos e desproteger os cristãos.
"O demônio está disposto a sacrificar alguns dos seus para chegar a nossos grandes jogadores", disse Dave em seu programa. Ele afirma que o massacre seria um plano para desarmar os cristãos conservadores, para "se curvarem ao islamismo".
No Brasil, as declarações da extrema direita cristã não foram muito diferentes. O pastor Marco Feliciano mais uma vez não perdeu a oportunidade de ficar calado e comentou no Twitter que era "triste" a tentativa de grupos LGBT de usarem a tragédia em Orlando para "se promoverem". "Como se a razão deste ataque fosse apenas homofobia", ironizou o pastor.