Possibilidade de contratação de médicos estrangeiros para trabalhar no interior, além de dificuldade no atendimento, falta a estrutura para atender pacientes de todo estado e de estados vizinho. O Pólo de Saúde de Teresina é formado por hospitais, clínicas, hotéis e pensões que, além do sistema de hospedagem, oferecem serviços de acompanhamento, orientação e marcação de consultas, especialmente para aqueles pacientes que vem de fora.
A falta de médicos no interior também é um fato. No Piauí, são 3.300 médicos registrados e destes, 80% trabalham na capital Teresina. A situação desse paciente que veio do interior é um dos exemplos das dificuldades pelas quais passam as pessoas que precisam de atendimento aqui na capital.
?Eu to fazendo um tratamento de próstata e não sei qual o nome do médico que está me atendendo. Eu vim para a pensão e daqui eles me ajudaram a me encaminhar para as consultas. Fiz a operação e me custou R$ 5 mil reais. Já tá tudo pago e não devo a ninguém. Tive que vender muitas coisas minhas lá na minha cidade porque esse dinheiro todo para quem é pobre é muita coisa?, conta o paciente recém operado.
O presidente da Associação Piauiense de Medicina, o médico Salustiano Moura, garante que o problema é mesmo estrutural. ?O médico não trabalha sozinho, só ele e o paciente, geralmente, isso acontece só para os casos muito simples. Mas se começou o caso daquele paciente ficar mais complexo, já precisa de uma estrutura. De laboratório, de Raio X, de outro profissional para auxiliar, a enfermagem, a nutrição, odontologia, fisioterapia. Então essa estrutura no interior é que precisa melhorar para que o profissional queira ir para o interior?, destaca.
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