Dia da Visibilidade Trans foi celebrado em Macaé-RJ

Com distribuição de panfletos informativos, preservativos e pequenas palestras, o grupo orientou as pessoas que passaram pelo local sobre a importância da data

| Luís Gustavo Malheiros
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Nesta terça-feira (29), é comemorado o Dia da Visibilidade Trans, e a Secretaria de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos e Acessibilidade da cidade de Macaé, localizada no estado do Rio de Janeiro, junto com o Grupo Diversidade Macaé Vida; Coletivo Unegro Macaé e Grupo Cores da Vida; realizou um evento comemorativo a celebração deste dia.

Com distribuição de panfletos informativos, preservativos e pequenas palestras, o grupo orientou as pessoas que passaram pelo local sobre a importância da data, lembrada até mesmo pelo Google, que homenageou a Brenda Lee, que faria 71 anos em 29 de janeiro deste ano.

“O Dia da Visibilidade marca a nossa luta diária. Buscamos ser vistos como pessoas que somos, ser humanos, é uma luta por respeito. E hoje temos essa preocupação por parte do público com o núcleo LGBTI, que é muito importante”, afirmou o presidente do Grupo Diversidade Macaé Vida, Lino Santana.

Segundo a prefeitura, a data foi escolhida para celebrar o Dia da Visibilidade Trans porque em 29 de janeiro de 2004, pela primeira vez na história do nosso país, travestis e transexuais estiveram no Congresso Nacional para que falassem aos parlamentares brasileiros sobre a realidade dessa população.

“Caminhamos para ter mais visibilidade, lutamos por isso. Hoje, estamos aqui, podemos conversar com as pessoas, explicar, muitas têm curiosidade. Temos a oportunidade de ouvi-las e principalmente delas nos ouvirem”, destacou a coordenadora de Política, Acesso e Gênero da prefeitura, Márcia Lima.

Presente também no evento, a representante e assessora técnica do Centro de Cidadania LGBTI da Baixada Litorânea I e II, Fernanda Machado, ressaltou a importância dessa união e da comemoração desta data. “É importante essa parceria dos grupos com o poder público, é uma causa que precisa dessa união”, afirmou Fernanda.

Uma luta contra a Transfobia

De acordo com um levantamento da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), feito em conjunto com o Instituto Brasileiro Trans de Educação (IBTE), 163 pessoas trans foram assassinadas no País no ano passado.

Segundo o relatório, os alvos desses crimes têm cor e idade: 82% são pretas ou pardas e 60,5% tem entre 17 e 29 anos.

Cerca de 30% dos 163 crimes cometidos no ano passado não foram noticiados em nenhum veículo de comunicação. A Antra afirma que encontrou notícias de que apenas 15 casos tiveram os suspeitos presos, o que representa 9% dos casos.

O relatório considera que o número de assassinatos registrado é menor do que o que de fato ocorre, reforçando que há subnotificação e que a falta de tipificação deste tipo de crime dificulta o monitoramento dos dados.

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