Distrito Federal amanheceu nesta sexta-feira (30) com estações do metrô fechadas. Os ônibus de pelo menos quatro empresas também permaneceram nas garagens, apesar da determinação da Justiça para manter 50% do serviço.
As paralisações são organizadas por manifestantes contrários à Reforma Trabalhista e da Previdência, propostas pelo governo de Michel Temer.
O trânsito na Esplanada dos Ministérios foi bloqueado. As vias N1 e S1 foram fechadas pela Polícia Militar na altura da Rodoviária do Plano Piloto. Um cordão de revista da PM foi montado para monitorar bolsas e mochilas. A intenção é impedir entrada de "pau, pedra, barra de ferro ou qualquer instrumento que possa ser usado como arma".
O bloqueio no trânsito começou à meia-noite, na altura Catedral Metropolitana. No entanto, a PM decidiu aumentar a área interditada por volta das 7h20. As alternativas de acesso aos ministérios durante o período de interdição serão as vias S2 e N2 – pelos anexos dos ministérios.
Militares da Força Nacional foram destacados para a Esplanada desde as 5h. Eles disseram que vão fazer a segurança dos ministérios.
Transporte
Na quinta (29), a Justiça decidiu garantir o funcionamento mínimo de 50% da frota do transporte público de ônibus do DF.
“Nos serviços ou atividades essenciais, os sindicatos, os empregadores e os trabalhadores ficam obrigados, de comum acordo, a garantir, durante a greve, a prestação dos serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade”, apontou a decisão.
Durante a madrugada, o Sindicato dos Rodoviários afirmou que 100% da categoria iria aderir à paralisação. Para se transportar, passageiros tiveram de recorrer ao transporte pirata.
Quanto ao Metrô, a Justiça Federal autorizou a paralisação, mas determinou que 30% do serviço fossem mantidos. No entanto, a companhia disse que não teria como rodar com esse efetivo menor e decidiu não rodar nesta sexta. O serviço é usado por 160 mil pessoas todos os dias. As 24 estações fecharam e os 36 trens pararam.
Protestos causam retenção em vários pontos e Rio entra em estágio de atenção
O Rio começou com problemas no trânsito no começo da manhã desta sexta-feira (30). Os motoristas e passageiros encontram problemas para chegar ao Centro da capital por causa de protestos em várias vias importantes da cidade.
As manifestações foram convocadas por centrais sindicais, que se posicionam contra as reformas previdenciária e trabalhista. Entre as reivindicações, também está a saída do presidente Michel Temer.
Estágio de atenção
O Rio entrou em estágio de atenção às 6h21, segundo o Centro de Operações da Prefeitura, devido aos protestos. Às 6h30, havia cerca de 30 quilômetros de congestionamentos registrados pela cidade. Cerca de 30 minutos depois, a lentidão já chegava a quase 50 quilômetros, cerca de 30 quilômetros a mais que o previsto para o horário.
O estágio de atenção é o segundo nível em uma escala de três e significa que "um ou mais incidentes impactam, no mínimo, uma região, provocando reflexos relevantes na mobilidade".