Um grupo de capivaras parou o trânsito em Brasília na última segunda-feira (27). Dezenas delas foram flagradas em frente ao Clube Naval, no Setor de Clubes Esportivos Sul, atravessando uma pista – todas bem tranquilas. Com imformações do G1.
A cena foi registrada pela estudante Laura Siqueira. “Vi que na calçada tinham uns volumes. Pensei até que poderiam ser pedras. Mas me aproximei e vi que eram capivaras. Parei o carro e filmei elas voltando para o lago [Paranoá].
Reprodução.
O professor de zoologia da Universidade de Brasília (UnB) Guarino Colli disse que fatores climáticos e o próprio ciclo da natureza podem favorecer a procriação de animais silvestres em locais urbanos. "Choveu muito neste ano. Então, isso aumenta a produtividade das plantas e aumenta também o tamanho de várias populações naturais", explicou Colli.
Pioneiras
Moradoras pioneiras de Brasília, as capivaras são animais silvestres e costumam ser vistas em áreas de lazer próximas ao Lago Paranoá. O animal é considerado o maior roedor do mundo e gosta de ficar perto da água.
A Polícia Militar Ambiental diz que recebe quase todo dia chamados para resgatar capivaras.
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) começou recentemente uma pesquisa de controle da população dos animais. Segundo o pesquisador José Roberto Moreira, o convívio próximo com o ser humano não é tão perigoso.
O especialista da Embrapa diz, no entanto, que é preciso ter cuidado com os carrapatos que ficam nelas. Alguns transmitem a febre maculosa, que pode levar à morte se não for tratada a tempo.
“A quantidade de carrapatos com febre maculosa dentro da população de carrapatos é muito pequena, porque a própria febre maculosa é letal para o carrapato. Então se a pessoa procurar evitar de se contaminar e assim que tiver um carrapato no corpo ela tirar, o risco é mínimo.