A Secretaria de Estado da Justiça do Piauí (Sejus) investe em atividades que estimulam o trabalho, a profissionalização e a educação no sistema penitenciário. Em todas as unidades penais do Piauí, a Sejus oportuniza cursos profissionalizantes para os internos. Na Penitenciária Feminina de Teresina, por exemplo, as reeducandas estão trabalhando na produção de uniformes, que serão destinados aos detentos.
Segundo a gerência da penitenciária, o trabalho desenvolvido possibilita a remição de pena e reinserção social das detentas. “É um trabalho muito importante, porque elas aprendem um novo ofício e podem utilizá-lo quando saírem do sistema penitenciário. Então, elas já saem do encarceramento com um novo olhar, e preparadas para buscar um trabalho”, completou Cristiane de Praga, gerente da unidade penal.
Uma das reeducandas que está participando da confecção do vestuário é Vanda Lúcia. Para ela, a atividade tem sido fundamental para a sua ressocialização. “Trabalhar dentro da penitenciária é muito importante, porque, além de ganharmos remição de pena, faz com que a gente tenha novos olhares. Aprendemos uma nova atividade e, quando terminarmos de cumprir a nossa pena, já vamos sair com outros pensamentos. Meu plano é continuar trabalhando com costura, montar o meu atelier e recomeçar a minha vida”, disse.
Além da confecção dos vestuários, as internas também trabalham na produção de máscaras de proteção individual, um trabalho desenvolvido através da parceria entre Sejus e Obra Kolping no Piauí. A expectativa é que sejam confeccionadas em torno de 90 mil máscaras.
De acordo com o secretário de Justiça, Carlos Edilson, o objetivo das atividades ofertadas dentro do sistema penitenciário é, sobretudo, promover a reinserção social dos detentos. “Acreditamos que, através do trabalho, da educação e da profissionalização, conseguiremos transformar a realidade de muitos internos. Nosso objetivo é continuar promovendo atividades como essa, para que os internos encontrem uma oportunidade de trabalho quando estiverem fora do sistema penitenciário, e possam recomeçar suas vidas com dignidade”, finalizou.