Manifestantes armados com pedras e fogos de artifício tentaram invadir o desfile de 7 de Setembro no centro do Rio de Janeiro, neste sábado, dando início a um conflito com policiais em que ao menos oito pessoas foram detidas e cinco ficaram feridas, informaram autoridades policiais.
Os confrontos começaram quando um grupo de aproximadamente 500 manifestantes invadiu a área reservada ao público na Avenida Presidente Vargas. Pessoas que assistiam à parada civico-militar correram por ruas do centro para fugir da violência e buscaram refúgio em bares e estações do metro.
A Polícia Militar usou bombas de efeito moral, spray de pimenta e armas de choque elétrico para conter os manifestantes. Apesar da confusão, o desfile não foi interrompido.
De acordo com o Comando Militar do Leste, cerca 4 mil pessoas assistiram ao desfile no centro do Rio. A parada deste ano já havia sido reduzida em uma hora e o efetivo diminuído em aproximadamente 40 por cento.
A PM reforçou a segurança no centro da cidade neste sábado, com cerca de 2 mil homens espalhados pela região. Um artefato explosivo foi encontrado perto das arquibancadas e a área precisou ser isolada até a chegada do esquadrão antibombas.
Alguns manifestantes seguravam cartazes cobrando o fim da corrupção e pedindo melhor prestação de serviços públicos como saúde e educação. As mesmas reivindicações fizeram parte dos protestos que se espalharam por diversas cidades do país em junho.
BRASÍLIA
Na capital federal, a presidente Dilma Rousseff desfilou em carro aberto e assistiu ao desfile cívico poucas horas após desembarcar no país após participar de reunião de cúpula do G20 na Rússia. O desfile este ano, que teve sua duração encurtada em função do cansaço da presidente, ocorreu sem incidentes.
"Em função do cansaço da presidenta, nós diminuímos, foi 1 hora e 20 minutos de desfile propriamente dito, e foi tudo bem, sem nenhum incidente, estamos tranquilos", disse o secretário-geral da Presidência, ministro Gilberto Carvalho.
Havia o temor de tumulto durante o desfile por conta de manifestações previstas para este sábado. A segurança da Esplanada foi reforçada, com efetivo superior a 4 mil homens da Polícia Militar, e houve revista a todas as pessoas que portavam mochilas e bolsas.
Alguns manifestantes se concentraram no Museu da República, próximo do local do evento cívico, mas não houve confronto. Após o termino da parada, os cerca de mil manifestantes se dirigiram ao Congresso, onde foram contidos pela polícia.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier, com reportagem adicional de Maria Carolina Marcello e Anthony Boadle, em Brasília)